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Histórias Por fora dos tatames

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Mensagem  Admin Sex Jul 12, 2013 1:26 pm

- Treinos a porta fechadas ! rs?
Aqui é pra voce contar historias que voces conhecem ou ouviram de sua academia ou academia da sua cidade de brigas e curiosidades ... vou colocar umas pra exemplo !

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VITOR BELFORT :
Dizem que na epoca que ele treinava jiu jitsu na BTT ainda na faixa azul ele era uns monstro .. finalizava a maioria dos pretas do carlson gracie

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JOSE ALDO :
nos tempos de jovem fla .. andava com o 9 pelotao muito brigou na estaçao contra os furia jovem do botafogo .. e tambem a cicatriz que tem no rosto foi em uma briga na zona leste de amazonas em uma boate

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BLACK HOUSE .. equipe de mma do Spider silva
dizem que o AS é uma demonio nos treinos ... ele humilha todos la dentro com brincadeiras nos treinos que ninguem acha ele nos ringues .. o que chega mais proximo é o lyoto !

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RAMPAGE VS RASHED ... sairam na mao em uma boate em las vegas ... rampage colocou o rashed pra dormir !

RYAN GRACIE .. esse tem historia !
Ele falou que tava numa balada com os amigos e a namorada, e viu que tinha um cara encarando ele e a mina dele sem parar. um amigo chegou pra ele e avisou que era o Ryan Gracie que tava olhando pra ele, e que era melhor ele não ficar encarando de volta, e ele nem sabia quem era o Ryan na época. Ele se sentiu desconfortável com a situação, a mina dele tbm estava meio com medo e tal, aí ele combinou com ela que iria pagar as comandas no caixa, e enquanto isso ela iria saindo pelo outro lado da balada e eles se encontrariam na porta. Antes dele chegar no caixa ele já ouviu um tumulto acontecendo atrás, voltou correndo, viu uma roda aberta, um cara caído no chão e o Ryan do lado dele. Daí o Ryan viu esse meu amigo, encostou nele e falou: "Esse cara tentou pegar sua mina", e saiu fora.

Depois ele perguntou pra mina e ela realmente confirmou que o cara tinha colado nela e o Ryan chegou, falou q ela tinha namorado e deu um socão no cara


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O Sirena em Maresias, eh uma balada conhecidíssima do litoral norte de Sampa e que tem fama de ter MUITA maravilhosa e uma par de playboy, pois, eh cara pra kct.

O Ryan chegou com uns 10 kras da equipe dele e os seguranças foram tudo saindo fora de medo, pois, ja conheciam a fama do cara e sabiam quem ele era. Eles entraram, furaram fila e foram pro meio da pista. A música parou e o Ryan Falou: "Pode soltar o som que hoje quem vai fazer a segurança daqui somos nós"

E a música continuou, parece que a noite foi sussa e n teve confusão.


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ryan deu um tapao na cara da feiticeira em pleno sirena lotado !


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draculino conta nesse video uma das historias mais impressionantes da vida dele, quando eles estavam indo para uma aguardada festa. no caminho parando no semaforo veio um cara de cadeira de rodas vendendo doces, o ryan sem se importar com nada, pediu como o cara estava e apesar das buzinas e xingamentos, botou o cara no carro e a cadeira de rodas no porta mala e levou o recem conhecido para a churrascaria mais cara da região. Draculino sendo egoista pensava somente na festa que estavam perdendo, depois de toda comilança eles levaram o cara de volta exatamente da onde tinham o pego. Draculino tempos depois entendeu que aquele jantar pra eles foi uma festa perdida, mas para o cadeirante pode ter sido um dos momentos mais importantes da vida.

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Na noite de ontem aconteceu o XFC em São Paulo, que como a maioria dos eventos realizados em São Paulo, atletas das duas maiores academias da capital, a Gibi Thai - Gracie SP e Macaco Gold Team - Chute Boxe. O maior destaque da noite foi um dos maiores nomes do Muay Thai brasileiro, Moisés Gibi, que venceu o duro Katel Kubis por TKO no 2º round. Entretanto, antes do combate mais esperado da noite, Jorge Patino Macaco e Ryan Gracie fizeram uma "preliminar" na platéia, confira as palavras de Macaco.

"Meu aluno venceu a penúltima luta da noite, enquanto eu o levei ao vestiário e o deixei dando entrevista pra televisão, tinha que passar por uma parte da platéia onde estavam alunos da Gibi Thai e da Gracie São Paulo. Simplesmente disseram que eu não passaria, e eu disse "o que?"... Nisso me agrediram pelas costas, quando eu virei e ví que era o Ryan, não pensei duas vezes, soltei um direto e um gancho, ele veio todo grogue pra cima de mim, levou mais um cruzado e outro direto nas fuças! Me agrediu pelas costas e agora vai ter que operar o nariz que eu quebrei! Ai vieram pra cima de mim e eu me protegi como pude", afirmou.

Macaco fez questão de se desculpar pelo episódio lamentável e elogiar Moisés Gibi: "O Gibi é um cara sério, um atleta de primeira e merece respeito. Mas o Ryan é aquilo que todo mundo sabe, sempre cercado de dez ou quinze, sempre doidão e nunca fazendo algo para o bem do esporte. Sou atleta profissional e peço desculpas por isso, mas se o cara chuta a minha bunda e eu corro, vai chutar sempre que der vontade".



a verdadeira luta !!!
Ryan x Tico


Última edição por Admin em Seg Jul 29, 2013 10:15 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem  Admin Sex Jul 12, 2013 1:31 pm

Tadashi Takeushi - Ao mestre com carinho!!

Sobre Tadashi Takeushi, pouca gente sabe - porque ficou restrito ao meio do karate - talvez você saiba, e dou essa palhinha para nossos meninos: Só veio para o Brasil por causa do Jiu-Jitsu.
Quando Carlson e Rolls foram até a academia do Tanaka propor o desafio, houve aquela tensão pois Tanaka mesmo franzino disse que fecharia a academia ali mesmo e só sairia um vivo dali. Carlson e Rolls ficaram meio sem jeito, pois acredito que não era essa a intenção, e se retiraram deixando Tanaka em paz.
Ocorre que Tanaka avisou a Japan Karate Association - JKA do ocorrido, dizendo que a JKA tinha que mandar alguém ao Rio para fazer frente aos desafios do Jiu Jitsu.
A JKA enviou ao Brasil Tadashi Takeuchi 6° Dan, com 30 anos, também faixa preta de Judo , invicto em combates e bom de luta até para os padrões japoneses. Takeuchi abriu sua academia em Copacabana, há uns 500 metros da academia Gracie e apesar de ser visitado para verem sua aula por vários professores de JJ, jamais foi desafiado, muito pelo contrario. Rolls Gracie acabou dando uns treinos com Fernando Soares (da mítica seleção de 1972), sócio de Takeuchi, alguns anos mais tarde se preparando para uma luta com Mestre Kim, que nunca houve.
Inácio, que ganhou de Bruce Lúcio do Kung Fu, no desafio do Maracanazinho em poucos segundos, pensou até em desistir de tanto que apanhou de Fernando Athayde, melhor aluno do Takeuchi nos treinamentos. Se o Jiu-Jitsu não era a disneylândia, posso afirmar com a propriedade de quem teve dedos e nariz fraturados em treinos e lutas, que o velho karate do Rio, de antes da era Van Damme com seus pulinhos e helicópteros, era dureza, dureza mesmo!
Para que vocês tenham uma idéia, os exames de faixa-preta também eram fechados e muitos eram reprovados no exame. Após o meu exame de faixa-preta, que teve a presença de Sadamu Uriu e Tanaka, além do meu então Mestre, Teruo Furusho, e mais três faixas-pretas da Federação, fiquei muitos dias machucado, rosto inchado e mãos destruídas...
Depois de 10 anos no RJ, Takeuchi voltou ao Japão aonde morou, até falecer em 2007. Com um temperamento terrível, pois brigava com todo mundo, Takeuchi mesmo assim é idolatrado por todos que foram seus alunos e respeitadíssimo a nível mundial.
Grande abraço a todos e bom treino!

Por: Lawyer

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Mensagem  Admin Sex Jul 12, 2013 1:32 pm

Anderson Silva e Pele Landi em Curitiba


A polêmica entre Pele Landi e seu ex-companheiro de Chute-Boxe, Anderson Silva, iniciada logo depois que o campeão do UFC lançou seu livro com revelações bombásticas, teve mais um capítulo ontem nas ruas de Curitiba.
Anderson, que enfrenta Chris Weidman no UFC 162 (6 de Julho em Las Vegas), corria na companhia de um amigo quando Pelé, que passava de carro pelo local, viu o desafeto e resolveu retornar para tirar satisfações sobre os relatos dados sobre ele no livro. De acordo com testemunhas, os dois só não chegaram às vias de fato porque o amigo de Anderson não teria deixado.
“Eu o vi correndo na canaleta do expresso (faixa exclusiva para ônibús), dei a volta e o intimei para lutarmos. Ele disse que lutaria, mas logo apareceu um carro cheio de seguranças dizendo que não haveria luta nenhuma. O Anderson começou a gritar me chamando de maloqueiro! Eu também o xinguei bastante e disse que ele era campeão lá fora e que em Curitiba ele não era nada! Ele sempre me desafiou, eu aceitei e o venci duas vezes, agora sou eu que o estou desafiando. Desejo pra ele vida longa com o cinturão do UFC que dá tanto orgulho a todos os curitibanos, mas acho que devemos isso a Curitiba: Anderson vs Pele - Parte 3: Quem sabe num UFC em Curitiba”, disse Pelé, hoje de tarde ao site www.portaldovaletudo.com.br.
Anderson, que está treinando em Curitiba, não foi encontrado pela equipe do site, para comentar o fato.
Apesar de serem rivais nos anos 90 quando lutaram duas vezes nas regras do Muay Thai (com duas vitórias por pontos para Pele Landi), Anderson Silva, aluno de Mestre Noguchi, foi absorvido pela equipe Chute Boxe e passou a disputar com Pelé o lugar de número 1 da categoria, na equipe. Os dois sempre mantiveram a rivalidade nos ringues da Chute Boxe. Depois que se tornou campeão do UFC, Anderson chegou a ajudar Pelé em seus treinamentos e, segundo o campeão revela aos amigos nos bastidores, até financeiramente. O desentendimento entre os dois teria ocorrido após Pele Landi ler a versão dada pelo campeão do UFC sobre um episódio no qual teria dado um banho em Anderson e sua filha ao passar de carro em uma poça de água. Logo após ler o livro, Pelé garantiu que a história não seria verdadeira, mas Anderson a confirmou reiteradas vezes!!
Já, Pelé Landi é apontado pelo próprio criador da Chute Boxe como o principal responsável pelo reconhecimento nacional da equipe a partir dos anos 90. Nascido em Cuba e criado em Curitiba, Pelé venceu duas vezes o grande nome do Jiu-Jitsu na época, Jorge Patino Macaco e chegou a ser considerado o número 1 do mundo em sua categoria após nocautear em eventos internacionais os renomados Pat Miletich e Matt Hughes (ambos chegaram a ser campeões do UFC). Após lançar o nome da Chute Boxe internacionalmente, Pelé abriu caminho para Wanderlei Silva no Japão e posteriormente Anderson Silva e Mauricio Shogun.

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Mensagem  Admin Sex Jul 12, 2013 1:35 pm


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Mensagem  Admin Sex Jul 12, 2013 1:42 pm


Minotauro: O altruista

Sem ao menos conhecer o lutador Antônio Pezão, Minota o ajudou. O gesto altruísta mudou a história da família de Pezão, que hoje chama o Minotauro de “padrinho”. Mesmo treinando na American Top Team, Bigfoot se sente parte da família Team Nogueira. Ele chegou a anunciar que treinaria na Blackzilians, mas pouco tempo depois, após a chegada de Alistair Overeem no time, Pezão anunciou a sua saída, pois na época o “The Reem” enfrentaria Junior Cigano no UFC 146, e com isso, o Pezão não queria treinar com o cara que enfrentaria outro membro da família Team Nogueira.

Falando em Junior Cigano, ele foi mais um lutador ajudado pela lenda. A ajuda ao Cigano não foi tanto pelo lado financeiro, mas Minotauro o ajudou a sair do anonimato. No último treino de sparring que o Cigano fez antes de sua luta contra Fabricio Werdum, ele fez 2 rounds contra o Minotauro e dois rounds contra o Minotouro. Segundo o Cigano, os irmãos Nogueira fizeram ele sentir na pele o que é lutar contra os tops, e assim, trouxeram o Cigano para um novo nível de competição. Nas palavras do Cigano, “ele é como aquele irmão mais velho, que cuida e ajuda”.

Rafael Feijão também não tinha problemas financeiros. Ele treinava jiu jitsu desde os 10 anos de idade e sonhava em ser um grande lutador de MMA. Minotauro foi em Cuiabá assistir uma luta de boxe do Lino Barros e queria dar uma treinada no seu jiu jitsu enquanto estivesse na cidade, e então, perguntou para uma amiga se ela conhecia alguém que treinasse jiu jistu por lá. Ela deu o telefone do Feijão pro Minotauro e eles fizeram um treino sem kimono juntos. Detalhe: Segundo o Feijão, faziam uns 4 anos que o Feijão não sabia o que era ser finalizado e o Minota finalizou ele duas vezes no treino. Mesmo assim, o Mr. Nogueira gostou do que viu, e depois de uma outra oportunidade onde eles treinaram juntos mais quatro dias em São Paulo, Minotauro convidou o Feijão para treinar no Rio de Janeiro, na Team Nogueira. Como o Feijão fazia faculdade e morava em Cuiabá, seu pai não queria permitir que ele viesse ao Rio de Janeiro. Três dias depois, o Minotauro foi em Cuiabá para pedir a permissão do pai do Feijão pra que ele viesse treinar no Rio, garantindo que cuidaria de seu filho. O pedido foi atendido e hoje Feijão luta em alto nível e chegou a ser campeão meio pesado do estinto, Strikeforce.

Outro exemplo clássico é do Anderson Silva, considerado por muitos, o melhor lutador da atualidade. O campeão chegou a desanimar da carreira de lutador e queria se aposentar e abrir um lava jato em Curitiba. Minotauro contou a história para o Sportv.com, dizendo: “Ele disse que estava meio paradão e queria fazer outras coisas, abrir um negócio dele lá em Curitiba e precisava de uns R$ 30 mil. Falei: “Anderson, não desfoca não!”. O Minotauro não emprestou os 30 mil, mas motivou o Anderson a continuar a carreira de lutador e se tornar o grande lutador que é, e atualmente, 30 mil reais são como uma esmola para o campeão.

Angela Côrtes, fisioterapeuta do Minotauro, também é uma grande admiradora da lenda. Cada vitória do Minota são rios de lágrimas para ela e Anderson Silva.

Quem acompanhou o The Ultimate Fighter 8, temporada do reality show do UFC, na qual o Minotauro foi treinador, percebeu que o Minota era um técnico muito preocupado com os seus lutadores. Gostaria de usar as palavras de Riley Kontek, colunista da página Bleacher Report, sobre o desempenho do treinador Minotauro no TUF 8:

“Se há um cara que interveio com problemas e estava constantemente envolvido com as vidas de seus lutadores, Antonio Rodrigo Nogueira é esse cara. (…) Nogueira era como um pai preocupado (…). Ele tentou resolver os problemas dentro da casa e se esforçou para assegurar que seus alunos fariam o melhor trabalho possível.”

É possível que ainda existam outras belas histórias que ainda não conhecemos. Antônio Rodrigo Nogueira é digno de toda admiração que recebe dos fãs. Não só por tudo o que fez em sua carreira, mas também pela pessoa que é. O MMA certamente não seria a mesma coisa sem ele.

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Mensagem  Admin Sex Jul 12, 2013 1:47 pm

Rickson Gracie - "O jiu-jitsu no vale tudo"


O tempo passa o tempo voa, mas nunca se deixa de falar e questionar algo relacionado a Rickson Gracie.
Por vezes ele parece uma personagem de desenho animado (aqueles heróis invencíveis), mas nem é culpa dele, é culpa
dos japoneses que tem mania de endeusá-lo ao invés de torcer e admirá-lo.
Eu já tive a oportunidade de assistir algumas lutas do Rickson de quimono, bem antigas, quando ele devia ter uns 25 ou 26 anos, as imagens de baixa qualidade, contrastavam com o jiu-jitsu de alta qualidade mostrado por ele. Era algo incomum, se comparado ao que temos visto nos
principais campeonatos de jiu-jitsu atualmente. Traçando em poucas palavras o estilo de Rickson Gracie no jiu-jitsu eu diria: Alto nível de
concentração aliado a mais perfeita mistura de força e técnica que já vi no jiu-jitsu. Rickson lutava nesses campeonatos da seguinte
maneira: "O objetivo é finalizar seu adversário". Por algumas vezes vi lutadores o derrubando, até passando sua guarda, mas
eis que num movimento, sempre bem calculado, Rickson mudava a posição e já estava novamente dominando a luta.
Num seminário realizado em Chicago, no início da década de 90, eu vi Rickson, até mesmo tomar uma montada de um lutador, mas conseguiu reverter a posição e finalizá-lo; nunca ví o Rickson fazer um movimento sequer de explosão, nunca vi mesmo, era tudo no tempo certo, usando a quantidade de energia adequada para cada sequência do combate. Luta no estilo submission? Não me lembro de tê-lo visto lutar, mas no vale tudo quero dizer o seguinte: Antes de mais nada é importante falar algo sobre a importância deste lutador para a explosão do vale tudo no Oriente. Rickson fez no Japão, o mesmo trabalho que Royce fez nos Estados Unidos. Foram eles os "escolhidos" desta família, para chamar a atenção na América e na Ásia para a eficiência do jiu-jitsu. Rickson Gracie, ao
lado de seu irmão Royce, foi o maior promotor do jiu-jitsu no mundo, utilizando para isso as lutas de vale tudo. Os adversários, principalmente os primeiros, eram leigos em jiu-jitsu. A exceção de Yoshinori Nishi e Yuki Nakai, que demonstraram conhecer um pouco das técnicas de luta de solo, aos demais restou a surpresa de ver um adversário bem mais leve os vencendo. Rickson venceu todas as lutas oficiais de que participou até hoje no Vale Tudo. No seu combate mais recente (maio de 2000), Rickson Gracie enfrentou Masakatsu Funaki, que vinha com boas credenciais: Fundador do estilo Pancrase, vitória sobre os irmãos Shamrock, Bas Rutten e um
empate numa luta contra o brasileiro Ebenezer Braga. Olha, eu até me animei na época, pois ví em Funaki o homem que poderia finalmente testar a verdadeira capacidade de Rickson no Vale Tudo, porém foi lamentável ver o japonês dar as costas para Rickson após tomar a montada do brasileiro. Bom, aí foi fácil, né? O Rickson encaixou um mata-leão e venceu a luta. Funaki era tão leigo em luta de solo, que além de dar as costas após tomar uma montada, não bateu, assinalando desistência, quando Rickson encaixou o golpe!!
Bom, aí eu fiquei meio "cabrero"!! Pô, o cara ganha do Bas Rutten, empata com o Ebenezer, ganha do Ken e do Frank Shamnrock sem saber luta de chão??? Lá fui eu investigar como foram conquistadas as vitórias de Funaki sobre os referidos lutadores. Qual não foi a minha surpresa, quando encontrei entre as vitórias contra os Shamnrock, uma "chave de dedo"!!! Não eu não tô de gozação não,
eu disse "CHAVE DE DEDO" (ele torceu o dedo de Frank Shamnrock para vencê-lo e fez o mesmo contra Bas Rutten). Descobri sobre Ken Shamnrock, que ele realmente havia sido derrotado por Funaki com um estrangulamento, mas descobrí também que o Ken Shamnrock venceu Funaki duas vezes, depois disso. A luta contra Ebenezer Braga desenvolveu-se toda em pé. As comparações não poderiam ser válidas para determinar quão bom era Funaki, mas vale lembrar, que Jason DeLuccia o venceu em 1 minuto, com uma chave de joelho reta (DeLuccia é aquele que teve o braço quebrado quando tomou um armlock de Royce no Ultimate Fighting, lembram?). Bem, voltando ao Rickson, o que realmente quero abordar é que apesar de nunca ter sido testado realmente no Vale Tudo contra um grande adversário, posso dizer que pelo que já vi, ao Rickson falta conhecimento de luta de trocação. Por pouco Funaki não acertou um golpe que poderia ser definitivo no rosto de Rickson, logo no início daquela luta. Rickson é um lutador incompleto para o Vale Tudo, não foi humilde o suficiente para reconhecer que era necessário aprender ao menos um pouco de boxe, kickboxing, muay-thai ou outra luta de trocação, para acrescentar conhecimento e poder enfrentar lutadores de maior expressão no Vale Tudo. Não esperem que um dia aconteça uma luta de Rickson contra um bom lutador de Vale Tudo, ele nem está nesse esporte com essa finalidade! Devemos entender que Rickson assim como Royce está no vale tudo para mostrar a eficiência do jiu-jtsu quando confrontado com outras artes marciais.
Olha, bem disse, o Prof. Hélio Gracie num de seus muitos momentos de sabedoria... "Eu acho que meus filhos não deveriam mais fazer esses tipos de luta, afinal de contas, agora todos já sabem e praticam ao menos o básico do jiu-jitsu em todas as lutas de vale tudo que são realizadas"
Eu admiro muito o Rickson, pois além de ser o melhor lutador de chão que já vi, é um ótimo exemplo para os mais jovens, ele não bebe, não fuma, não usa drogas, tem uma alimentação muito saudável e mesmo prestes a completar 43 anos (completará em 21 de novembro de 2002) mantém uma forma física invejável. Gosto de vê-lo lutar, pois existe sempre uma atmosfera diferente quando este moço entra no ringue e além disso a audiência vai às alturas, popularizando cada vez mais o jiu-jitsu!!!

Por: Marc Magapi (A onze anos atrás...direto do túnel do tempo)

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Mensagem  Admin Seg Out 19, 2015 8:32 pm

Fora de controle: Marco Ruas vs Lutadora de Muay Thai

No início da década de 90, uma lutadora de Muay Thai apareceu na academia do  Marco Ruas (Ac. Radar) e como ela era uma competidora de bom nível acharam que seria interessante ela fazer um treino com o próprio Marco Ruas. Eles se aqueceram um pouco , fizeram aquele "alongation e estication" e começou o treino. Olha, não deu nem um minuto e a garota acertou um "high kick" (chute alto), bem na cara do Marco Ruas. O Marco ficou loco com aquilo, acho que até mais por ter sido um golpe desferido por uma mulher! Vale lembrar que a vinte e poucos anos atrás, as mulheres, pelo menos no Brasil, não tinham tantas lutadoras como hoje!! A verdade é que o Marco partiu pra cima da garota, pegou ela numa "baiana" levatou com tudo e quando já preparava para jogá-la com tudo, no chão, os alunos, desesperados, começaram a gritar para ele parar e logo tiveram que contê-lo. Bom, ele voltou ao normal deixou ela no chão e depois foi só a garota pegar o seu material e nunca mais passar nem na porta da academia!!

Rolls Gracie encara Paulo do Caratê

No ano de 1976,  foi realizado no Ginásio do Clube Olímpico, no Rio de Janeiro, o "Desafio Jiu-Jitsu vs Karatê". A idéia de realizar este evento de desafio entre essas artes marciais partiu do apresentador de um programa de tv e do Prof. Paulo (caratê). Foi o seguinte: O Prof. Helio Gracie foi com o seu filho, Rórion, fazer uma breve demonstração de jiu-jitsu na TV Tupi e alguns dias depois um professor de karatê foi com um aluno seu fazer uma demonstração da sua arte marcial. Ao final da demonstração de caratê o apresentador viu a possibilidade de semear um discórdia e perguntou ao professor de karatê se num desafio contra o jiu-jitsu, o caratê seria capaz de vencer! O Prof. Paulo disse que sim e completou: "Vamos arrebentar o jiu-jitsu". Tomando conhecimento, a familia Gracie entendeu que um desafio havia sido lançado e que deveriam provar o que disseram!! Então, o Ginásio do Clube Olimpico, recebeu lutadores de jiu-jitsu e karatê para enfrentarem-se. Rolls Gracie era o escolhido para fazer a luta principal do evento contra o tal professor que havia questionado a eficiência da arte suave. Para resumir a história, todos os lutadores de jiu-jitsu venceram suas lutas! Rolls enfrentou Paulo e não deu a menor chance; derrubou , pegou as costas e venceu o adversário com facilidade. Este foi o único combate de vale tudo realizado por Rolls Gracie.

@marcmagapi

Brigas Anos 90: Crézio de Souza vs Mestre Richard

Essa história faz uns 20 anos. Um professor de caratê, bem conhecido em Petrópolis, na região serrana do Rio (Mestre Richard), estava numa festa noturna, lá mesmo em Petrópolis e viu o faixa preta de jiu-jitsu, Crézio de Souza. Eu não sei se o motivo foi apenas uma rivalidade entre artes marciais, porém a verdade é que o Richard deu um soco na cara do Crézio que foi contido logo em seguida, pois a casa noturna estava cheia. Nem deram tempo dele revidar o ataque!! Dias depois os dois acertaram uma briga em um terreno sem uso, lá mesmo em Petrópolis. Tanto o Crézio como o Richard foram acompanhados por três alunos graduados, cada um. A briga começou com o Richard tentando alguns chutes no Crézio, mas o Crézio bloqueou bem, até que o Crézio achou a distância e conseguiu cinturar o Richard e derrubá-lo; na sequência o Crézio montou e foi estrangulando o Richard, que ao tentar defender o estrangulamento deixou o braço e o Crézio rapidamente partiu para o armlock e só parou quando ouviu o grito do Richard (Crézio quebrou o braço do Richard) e com isso acabou a briga. Para não ficar por baixo o carateca disse pra todo mundo que tinha quebrado o braço ao levar uma queda no banheiro de sua casa...

Por: Marc Magapi


Ryan Gracie nocauteado por professor de muaythai

Ryan Gracie estava em uma Bar do Cabral em São Paulo quando viu um rapaz descarregando engradado de cerveja com a camisa do muaythai. Este rapaz era o Alexandre Breck. Ryan Gracie provocou e empurrou Alexandre Breck que se esquivou e acertou um soco na cara de Ryan Gracie deixando ele nocauteado.



Por: Marc Magapi

Takeushi San: "Jiu-Jitsu no... Jiu-Jitsu no"

Vou te contar uma do Takeushi, você não faz idéia do que era um curso de engenharia na PUC (RJ), lá pelos idos anos 70! Eram 8 horas de aula por dia e eu tinha que fazer 2 semestres de Ed. Física! Eu praticava remo e treinava jiu-jitsu. Tinha umas aulas de futebol, vôlei e basquete, que eram os cursos oferecidos, e "karate com Takeushi". Eu era um garoto  muito franco fui lá e expliquei minha situação para o "japa". Ele falou para mim que se eu aprendesse a fazer um "kata" ele me aprovaria ao final do semestre. Puxa, eram só uns movimentos que eu vi os caras fazendo; então topei e lhe perguntei se pudia usar o kimono de jiu-jitsu; e o Takeushi disse: Ok, menos a faixa! Então, arrumei uma faixa branca e fui no primeiro treino! Eu fiquei de par com um faixa-roxa e começamos uma simulação de socos! O sacana me acertou um soco no abdomen... "Eu baianei o cara, passei a guarda e montei". O Takeushi gritando: "Jiu-Jitsu no... Jiu-Jitsu no...". O armlock encaixado... e o "japa" em cima de mim..."calma, calma". Ficamos amigos e treinava com ele na casa do Pitanguy ali perto da PUC, na Gávea. Ele dava aula pro cara!! Ahhh, e ele me reprovou no Kata!!!

Por: Alvaro Miragaia

Corra que a policia vem ai: Hélio Gracie vs Fred Ebert

“Após lutar contra Antonio Portugal e Takashi Namiki, Hélio Gracie enfrentou o gigante Fred Ebert, que tinha no seu currículo mais de 600 lutas e um empate contra o campeão mundial de luta – livre Jim London. Hélio tinha apenas 60 Kg e ainda por cima lutou com um enorme furúnculo no pescoço. Após 1 hora e 50 minutos de luta a polícia apareceu no ginásio e interrompeu a luta. “Havia uma lei que proibia que qualquer espetáculo público continuasse sendo realizado após as 2 horas da manhã” Hélio levava vantagem na luta e arrancava aplausos do público a cada soco que desferia no rosto do americano que pesava 38 kg a mais que Hélio. O saldo foi bem negativo para Fred Ebert, que precisou ir direto para o hospital após a luta”]


Luz, câmera, ação: TV Ringue Torre está no ar!!

A TV Ringue Torre nada mais era que uma noitada de vale tudo, que acontecia , em Recife, na década de 60; e com certeza, muito do que se vê por ai nos dias de hoje se deve aqueles homens que mesmo ganhando bolsas minúsculas jamais deixaram de acreditar no seus sonhos. A Ringue Torre foi a precursora disso que hoje se costuma chamar de "croos trainning"! Era visível que a maior parte dos lutadores socavam, chutavam e faziam luta de chão. A TV Ringue Torre não era uma novidade já que outras praças, como Rio e São Paulo também mostravam eventos deste tipo naquela época, mas aonde o "pau comia solto e voava sangue pra todo lado" era lá mesmo! Esse programa foi uma espécie de alerta para o sul e sudeste que "a galera lá de riba" também batia forte!! Lutadores como Euclides Pereira, Ivan Gomes, Indio e Waldemar Santana lutaram várias vezes no TV Ringue Torre; e eu digio várias vezes porque era comum eles lutarem por três ou até quatro vezes, no mesmo mês.
Um outro detalhe que chamava a atenção nas lutas realizadas no TV Ringue Torre era a proibição de socos de mão fechada; então eles batiam de mão aberta mesmo!!
O evento foi a primeira transmissão ao vivo de TV no Recife. O TV Ringue Torre era transmitido sempre as segundas-feira, no canal 2, da TV Jornal do Recife e durante seis anos (1960 a 1966) fez a alegria dos apaixonados por lutas.

Por: Marc Magapi

Five seconds: Chuck Norris vs Hélio Gracie (Rio-1981)

No verão de 1981, o ator Chuck Norris veio ao Brasil; e para seguir com a idéia de promover o jiu-jitsu para o exterior, Hélio Gracie, sabendo da presença do ator no Brasil o convidou para fazer um treino de jiu-jitsu na Academia Gracie JJ. Chuck Norris aceitou prontamente o convite apesar de não saber o que era jiu-jitsu, mas por ser um exímio conhecedor de karatê e judô (ele era faixa preta em ambos) não viu nenhum problema em participar do treinamento. Vale lembrar que nesta época a familía Gracie era bem pouco conhecida no cenário internacional do mundo das artes marciais. Bom, a verdade é que Chuck começou treinando com Royce e Rickson e após ser finalizado várias vezes e de todas as formas pelos irmãos Gracie, eles perceberam que Chuck ficou um pouco frustrado com tudo aquilo e decidiram chamar o Mestre Hélio Gracie, na época com 67 anos de idade para que Chuck pudesse ter um pouco mais de "chance" de mostrar alguma habilidade na luta de solo. O que Rickson e Royce não esperavam é que o mestre Hélio fizesse com Chuck Norris, algo pior do que eles já haviam feito e o que se sucedeu, foi que Mestre Hélio disse para Chuck: "Você pode começar montado em mim" . Norris achou estranho, já que Hélio tinha idade para ser seu pai e já começaria numa posição de grande desvantagem, mas a verdade é que as coisas pioraram e muito! Mestre Hélio percebendo que Chuck não conseguia passar a sua guarda, disse para o ator americano: "Punch me, punch (bata em mim)". Chuck achou estranho, relutou um pouco e levantou a mão para bater em Hélio e esse movimento é o último do qual se lembra, já que depois disso, ele só acordou com o Professor Hélio, lhe pedindo desculpas por ter apertado muito o estrangulamento... Chuck foi finalizado por Hélio Gracie com um estrangulamento, dormiu no dojô e isso tudo não levou mais que cinco segundos. Depois dessa aula, Chuck Norris voltou ao USA e começou a treinar o brazilian jiu-jitsu com os irmãos Machado.
É como eu sempre digo: "Existem duas maneiras de conhecer o jiu-jitsu: Por bem ou por mal"

Por: Marc Magapi
Marcelo Tigre " O incentivador "


O Tigre é um daqueles lutadores que se não existisse teria que ser inventado, porque o cara além de ter um espírito guerreiro do c..., é o lutador mais engraçado que conheço, e esta passagem dele que vou contar agora retrata bem o lado folclórico de Marcelo Tiger.
O cenário desta vez é a Blaisdell Arena no Havaí, o evento, é o Superbrawal 13 e Tigre atrasado como sempre, começava a preocupar seu aluno Lincoln e seus segundos, pois já estava na hora da luta e nada do Marcelo chegar, e olha que ele tinha uma importância muito grande nesse dia, pois como já disse, um dos seus pupílos (Lincoln Tyler - representante do Team Tiger - Havai) lutaria no evento. Bom, para resumir a história, o Tigre não chegou a tempo e o Lincoln entrou para lutar! Ele começou mal no combate, levando a pior mesmo, até que acabou sendo nocauteado pelo adversário, mas como o Tigre sempre diz: "Isso aí é café pequeno...", Lincoln se levantou, continuou no combate, mas seu adversário seguiu dominando as ações. Foi quando chegou ao ginásio, Marcelo Tigre, e quando ainda se ajeitava no canto do córner; viu seu aluno levar uma verdadeira bomba no meio da cara, Lincoln quase caiu, mas foi aí que o "Tigre saiu da jaula"!! Vendo que seu aluno estava em má situação, Tigre já preocupado, percebeu que a única forma de incentivar seu aluno, era apelar para o lado psicológico, então começou a gritar, assim: "Lincolnnnn, Marcelo Tiger is here, Marcelo Tiger is here....Hey, Lincoln, I'm here, I'm here,....Marcelo Tiger is here... Coincidência ou não, Lincoln que vinha muito mal na luta e estava praticamente à mercê de seu adversário, virou a luta, finalizando seu adversário com uma chave de calcanhar que levou o ginásio e seu professor Marcelo Tigre à loucura. Após a luta, Lincoln ainda parecia estar sob algum efeito hipnótico, aponto de Marcelo Tigre pedir pra ele: Relax, relax...

Por: Marc Magapi


Gracie in action: Defendendo os fracos e oprimidos

Um belo dia no verão de 1963, um trocador de ônibús destratou com palavras de baixo calão e manifestações explícitas de racismo um passageiro que acabara de reclamar de um troco que teria recebido à menos! No calor da discussão o trocador, um português alto e forte, disse ao passageiro que lhe partiria a cara e daria uma lição se não fosse lutador da luta livre. O passageiro era pequeno e magro e visivelmente ficou com medo por conta do físico avantajado do português, que continuava falando para quem quisesse ouvir, que aquele passageiro era um covarde e que se fosse um homem de verdade desceria do ônibús e aceitaria brigar com ele. Foi quando um jovem, magrinho de vinte e poucos anos, levantou-se e disse: "Eu brigo com você!" O trocador do ônibús olhou para aquele rapaz magro, baixo, de camiseta regata e não pensou duas vezes!! Ele se levantou da sua cadeira e disse para o motorista do ônibús: "Estaciona, porque tem gente querendo apanhar no lugar desse "criolo". Foi quando o português desceu do ônibús e lá em baixo o rapaz magrinho, já lhe aguardava. A briga começou e nem deu tempo de "esquentar"! Em míseros trinta segundos, uma baiana, alguns socos e o trocador já estava dominado!! Foi quando aconteceu o pior!! Não contente com a queda e os socos que levou, o português, ainda cambaliante, levantou-se e quis continuar, foi quando o rapaz desviou do golpe, foi para as costas e o dominou pelo braço. Na sequência empurrou a cara do trocador do ônibus, contra a parede, que fora construida com aquela textura conhecida como "trapiche"!! Para resumir a história; um rastro de sangue tomou conta da parede e um corpo ficou caído na calçada... O rapaz, com muita naturalidade subiu no ônibús sentou-se e disse para o motorista: "Vamos logo porque o senhor vai se atrasar". O motorista ainda assustado com o que viu, perguntou ao rapaz: Que tipo de luta é essa? O rapaz respondeu que era jiu-jitsu da família Gracie e que ele era o Róbson Gracie, muito prazer...

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Rickson Gracie x Yoji Anjo
Tem dia que é melhor ficar em casa! Provavelmente você já ouviu essa frase por aí, certo? Mas certamente o pro-westler japonês Yoji Anjo, não a levou a sério!!! A história teve início, assima: O Takada começou a desafiar publicamente o Rickson, e ele dizia que não lutaria com ele ou outro do pro-westling, porque faziam marmelada (pro-wrestling) e etc... e "rolou" muito na imprensa japonesa esse tipo de desafio, o Takada sempre que podia dava uma alfinetada no Rickson, que já andava uma "fera" com eles, mas sabiamente dizia que se um promotor bancasse a luta, ele lutaria, mas que não era essa a sua intenção , porque ele não tinha nenhum interesse em lutar com alguém que só faz marmelada. Então, num belo dia, os japoneses chegaram de surpresa com a imprensa nipônica na academia de Rickson, em Los Angeles, neste dia quem estava dando aula era o Limão (faixa-preta de Rickson). Na verdade quem fez o desafio foi um promotor, Takada não estava presente, na época ele era idolatrado no Japão, mas corriam boatos de que Yoji Anjo era melhor de porrada, por isso foi o escolhido para o desafio contra Rickson. Diante dessa situação o Limão ligou para o Rickson, que não estava na academia, Rickson veio na hora, já com equipamento para filmar a luta. Ao chegar na sua academia, Rickson disse primeiramente que não queria lutar, pois só a faria num evento e por uma boa grana (até deu o valor de sua bolsa). Aí o Anjo, que estava calado, chegou pra perto e disse que Rickson declarou certa vez que também lutava pela sua honra e esperou a reação de Rickson. O Rickson nem deixou o japonês acabar direito a frase e topou na hora, não deixou a imprensa entrar, botou todo mundo pra fora e só deixou entrar o Anjo e o promotor e o rapaz que filmou a luta para o Gracie. Tudo pronto, começou a "peia", mas não tem nem muita coisa pra falar, Rickson derrubou Anjo, montou e ficou dando porrada por uns cinco minutos, depois levou o japonês pra perto de uma parede e jogou a cabeça dele com tudo, nessa o cara já ficou "zonzo", depois começou uma sessão de porradas que desfigurou a cara do Anjo, dente quebrado, olho roxo, boca inchada, foi quando praticamente desfalecido o japonês se virou e Rickson o estrangulou com um mata-leão, colocando o Anjo pra dormir, então Rickson deixou a imprensa japonesa entrar e filmar o Anjo acordando, todo arrebentado. Dias depois, Yoji Anjo voltou a academia de Rickson para lhe dar um presente e lhe pedir desculpas por tê-lo desafiado.


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Homem Quiabo: O invencível Pedro Hemetério

 

Era assim que um dos maiores lutadores do século passado era conhecido!! Homem Quiabo, era o apelido de Pedro Hemetério, cearense bom de briga, que encarou diversos desafios na sua vida (dizem que lutou mais de duzentas vezes) e nunca se viu registro de sequer uma derrota em competições oficiais!! O apelido "homem quiabo" foi dado por amigos do mundo das lutas, que se surpreendiam com a facilidade, com a qual Pedro passava para as costas de seus adversários a partir da posição de guarda fechada!! Pedro faleceu em 2009, em São Paulo, na única luta que não venceu!! Aos 86 anos, o velho coração cansado de guerra, parou e Pedro nos deixou, entretanto alguém que viveu tantos anos certamente acaba deixando boas histórias por aí.

Hemetério foi o melhor aluno que Carlos Gracie já teve! Imaginem que ele chegou a lutar contra o próprio irmão de Carlos, George Gracie, e após derrubá-lo, passar a guarda e montar, o finalizou em um estrangulamento. A facilidade com que aprendia novos golpes, deixava em todos um ar de surpresa, tanto que certa vez, Carlos Gracie, decidiu aventurar seu púpilo por outras "terras" e aproveitando a presença do campeão húngaro de luta livre no Brasil, Anton Shoubert, fez o desafio!! O húngaro achou até engraçado, um rapaz com 25 quilos a menos, bem mais baixo, querer lutar com ele, mas o campeão da luta livre, não pensou duas vezes e aceitou o desafio, que proibia socos e chutes. Bom, para resumir o "desastre", eu só vou dizer que o "Homem Quiabo", foi derrubado aos 10 segundos de luta, mas conseguiu fechar a guarda e na sequência passou para as costas de Shoubert, engatando um estrangulamento, sem dó nem piedade!! Pouco mais de um minuto de luta e Shoubert, bateu...

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Bruce Lee, A Lenda do Dragão

Na época em que Bruce Lee dava aulas em Seattle (EUA), um carateca decidiu desafiá-lo e chegando na academia começou a se aquecer em um canto improvisado do ring, já com seu uniforme de luta e sua faixa-preta na cintura. Então, Bruce chega a sua academia, com um sorriso nos lábios,  jaqueta sobre os ombros e diz simplesmente: Você está pronto? o carateca respondeu com um grito penetrante e partiu em seguida para cima de Bruce que desviou e simultaneamente desferiu um cruzado de direita "de lascar"!! Na sequência, uma saraivada de socos por parte de Bruce e a luta está terminada!! Tudo que eu ví foi um "instante" de Bruce. A duração foi 2 segundos... Soube depois que o carateca foi parar no hospital depois deste "combate"!! Ronald Kealoha, assim lembra a única luta que assistiu de Bruce Lee durante toda a época que foi seu aluno - de 1959 a 1964. Continua Ronald: - "A luta foi realizada na academia em Seattle". Bruce e o carateca concordaram com esse match, porque o carateca havia entrado praticamente invadindo a aula de Bruce e exigido uma luta, ridicularizando seu ensino... Na época os alunos de Bruce eram: Jesse Glover, Jim de Mile, Saky Kimura e Carley Woo.

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Na minha família o cara já nasce famoso


A frase do título acima é do Rorion Gracie, mas a história que vou contar se passou com Carlinhos Gracie, quando este ainda era uma adolescente. Na época o Carlinhos devia estar com uns 14 ou 15 anos e além de seus colegas de academia, também tinha seus colegas, que nada tinham haver com o mundo das lutas. Um belo dia, Carlinhos, estava bem na entrada da escola que estudava, conversando com alguns colegas de classe, apenas aguardando o sinal para entrar para a sala de aula. Foi quando um valentão de uns 17 anos (e nessa fase, dois ou três anos a mais contam muito) começou a falar a alto e dizer que ele era o bom e que se alguém estivesse disposto ele enfrentaria qualquer um que estivesse ali. Neste momento os colegas de Carlinhos Gracie, abriram uma roda quase que simultaneamente e olharam para o Gracie, como que esperando dele uma atitude!!! Tempos depois o Carlinhos Gracie, declarou que naquele momento ele entendeu a responsabilidade que carregava junto com seu sobrenome e que na sua família o cara ja nasce famoso!! Quanto ao valentão, não conseguiu nada, porque Carlinhos, com muita paciência conseguiu demovê-lo da idéia de brigar com alguém naquele dia. Como Rickson gosta de ressaltar sempre que pode, a arte suave, só deve ser usada nas ruas em último caso e sendo fiel ao seu princípio básico, a defesa pessoal!!


A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - Parte 2

Desta vez o palco do "combate" foi o bairro do Itaim, em São Paulo. Mais uma vez os dois se encontraram e após muitos elogios às mães de ambos, a porrada comeu solta, desta vez o Ryan se deu bem. Logo que começou a briga Ryan deu uma baiana no Macaco e caiu já na posição de "100 quilos", nisso o Ryan deu uns soquinhos sem muita expressão e o Macaco ficou lá, parado praticamente sem reação, foi quando apareceu um terceiro "lutador", o Hulligan, que era um cachorro da raça pitbull, que se meteu entre os dois e fez uma tremenda confusão, então o Ryan se aproveitou e deu umas porradas no Macaco, que tentou alguns golpes também, mas não conseguiu nada. Conseguiram tirar o cachorro de perto dos dois, e a luta continuou, o Ryan estranhamente cansou logo depois, e se afastou do Macaco dizendo: "Tá bom, tá bom..." Cada um foi para um lado, mas o destino ainda os colocou frente a frente, tempos depois, mas essa eu conto outro dia.


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The Pedro conhecendo as belezas russas


O The Pedro (Pedro Otávio) ex-lutador de MMA, que chegou até a enfrentar Mark Kerr, no Pride, sempre foi um tipo meio folclórico, pela maneira engraçada de falar e pelo "causos" em que se envolvia. Certa vez ele estava em uma boa fase de sua carreira, mais ou menos em 2001/2002, e acabou sendo convidado para participar de um evento de MMA, em St. Petersburg, na Rússia. A grana era boa, era um torneio com oito lutadores e The Pedro, partiu para a Rússia. Nesta época me lembro até que ele tinha dado a palavra dizendo que participaria de um evento aquí mesmo no Brasil, mas enfático declarou que era profissional e ia para o Rússia, pois a bolsa do evento era mais atrativa! Agora, atrativo mesmo, foi o "paraíso feminino", que The Pedro encontrou na Rússia. Eram muitas mulheres bonitas em tão pouco espaço, que ele nem acreditava no que via. Bom, não demorou muito The Pedro se encantou com uma bela jovem, loura, de 1,80cm e partiu para os "finalmentes" no apartamento dela, mas o que o nosso bravo lutador ignorou; é que no dia seguinte àquela noite, teria um evento de MMA, pela frente e como sabemos um torneio com possíveis três lutas em pouco mais de duas horas, é bem diferente de fazer apenas uma luta casada. Bem, para resumir, essa história, o The Pedro, passou horas e horas com a mulher e sem dormir foi para o torneio!! Lá chegando, The Pedro começou muito bem, finalizando o primeiro combate e já na sequência chegando a vitória no segundo!! Putz, o The Pedro, estava na final, que seria realizada contra um campeão local, mas o nosso querido Pedro Otávio, ao final do segundo combate, colocou a mão no joelinho e falou: Ihhh, agora que esfriou tá doendo muito, to fora!! A verdade é que o The Pedro, já tinha lutado na noite passada e não avisou ninguém...

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A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - Parte 1

Quando o MACACO entrou na FPJJ (Federação Paulista de Jiu-Jitsu), ele se anunciou e disse que o "pau iria comer" (luta), foi quando o RYAN afinou, mas prontamente foi repreendido pelo seu tio, Carlos Gracie Jr, e não teve jeito, um "GRACIE" afinando na frente de quase todos os professores de "Sampa", teve que brigar e apanhou, pedindo até para o Fábio Gurgel separar, já que seu tio estava perplexo, não acreditando no que via. Separados os dois, Macaco saiu pra rua chamando RYAN pra continuar a briga, mas ele não saia de jeito algum, para desespero de seu tio, que o mandava sair insistentemente para que continuasse a briga. MACACO então, quebrou toda a moto de RYAN, para obrigá-lo a sair, mas não teve ninguém capaz de tirá-lo de dentro da FPJJ, e o máximo que ele fez , foi ficar gritando atrás de seu tio: "Por favor, a moto não, ela não tem nada com isso!".
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Ryan e Tererê se estranhando em Sampa

Essa história tem mais ou menos uns oito anos e tudo começou com o Ryan Gracie se estranhando, com o Fernando Tererê, por questões ligadas a lutas de alunos de suas respectivas academias, em São Paulo. Nessa época o Ryan morava no bairro do Brooklin (Zona Sul de São Paulo) e o Tererê, estava fixado mesmo em São Paulo. O Tererê não deu muita confiança para o Ryan naquele dia apesar de algumas ameaças e isso acabou saltitando os brios do Gracie. Alguns dias depois o Ryan "convocou" alguns alunos e partiu rumo a casa do Tererê!! O Fernando Tererê morava numa casa, em um condomínio e para faturar um dinheiro extra dava aulas particulares para alguns policiais civis da região. No dia anterior o Tererê havia dado uma aula à noite para um investigador da polícia, que por descuido esqueceu a sua arma na casa do Tererê. Logo que o policial chegou em sua casa, se deu conta do fato e ligou para informar ao nosso campeão, que não deveria tocar na arma, pois estava carregada, poderia causar um acidente e que logo na manhã seguinte passaria lá para pegar a arma. Tererê, disse que tudo bem e foi dormir. Foi nesta manhã, que o Ryan, decidiu ira até a casa do Tererê, para tirar satisfações ou sabe Deus, mais o que... A verdade, é que o Ryan chegou para o porteiro do condominio e falou assim: "O meu amigo Fernando Tererê está"?" O porteiro foi logo dizendo que, sim. Quando fez menção de pegar o interfone para avisar ao Tererê, que "seus amigos" estavam lá, o Ryan disse ao porteiro: "Olha, num avisa não, porque eu quero fazer uma surpresa, nós somos todos da academia". O porteiro olhou todos eles com camisa de jiu-jitsu e permitiu a entrada de todos, mas depois desconfiou e ligou para o Tererê, dizendo que alguns amigos dele estavam entrado para lhe fazer uma surpresa.... Tererê foi para a janela da sala e ficou só olhando, para ver quem era!! Quando avistou o Ryan e seus alunos, não pensou duas vezes e pegou a arma que o policial havia esquecido na noite anterior em sua casa e ficou só esperando o Ryan tocar a campainha... Quando o Tererê abriu a porta, já foi apontando a arma e nesse momento o Ryan se afastou andando para trás e disse para um de seus alunos: "Vai você, vai lá, resolve aí...". O aluno ficou assustado e não sabia o que fazer, foi quando o policial, aluno de Tererê, chegou, e após dar uma bronca no Tererê, por ter pego na arma, colocou o Ryan e seus alunos "para correr".

Marco Ruas - The King of Hotel !!!

Durante a festa que se seguiu ao UFC 20, Marco Ruas e Marco "Jara" Albuquerque, que era intérprete para a língua portuguesa no UFC (falecido em 2010), tiveram um sério desentendimento. De acordo com algumas pessoas presentes, enquanto Ruas estava quieto no seu canto, Albuquerque começou a fazer comentários pouco elogiosos sobre a capacidade e as performances do lutador. Como os comentários não paravam , a paciência de Ruas chegou ao limite, e este, segundo algums presentes, partiu para cima de seu crítico, desferindo uma sequência de vinte socos em menos de dez segundos, no desafeto. Foi quando Pedro Rizzo, um fã e outros presentes, tiveram que tirar Ruas de cima de Albuquerque, e pediram à este que fosse embora logo, antes que se machucasse seriamente. Neste meio tempo Ruas, ainda transtornado, pegou uma mesa com apenas uma das mãos e a jogou em cima de Albuquerque e sem estar satisfeito ainda pegou duas garrafas e tentou acertá-lo também, sendo que uma delas acertou na parede e a outra nas suas costas. Finalmente as pessoas conseguiram tirar Albuquerque do alcance de Ruas e a confusão terminou !!!!

Hélio Gracie desafiando tubarões


O eterno mestre Hélio Gracie, sempre foi reconhecido pela sua coragem e forma destemida como encarava certos desafios. Certa vez o mestre estava ao lado de seu irmão Carlos, em uma embarcação em Abrolhos, que aliás é um verdadeiro paraíso!! Tudo corria bem, quando de repente um alvoroço entre os embarcados, chamou a atenção de Hélio e Carlos. Imaginem, que por descuido, um dos viajantes, acabou perdendo o equilibrio enquanto limpava uma parte da embarcação e caiu no mar!! Os outros ficaram olhando enquanto o rapaz se debatia tentando manter-se vivo. Foi quando Hélio, perguntou ao "capitão" do barco, pelo colete sala-vidas e foi informado que não havia colete e nada poderia ser feito. Carlos perguntou ao "capitão" por que ninguém havia se jogado no mar para resgatar o rapaz, e o homem respondeu assim: "Meu amigo, aquí ninguém coloca sequer a mão no mar!! Aquí é Abrolhos!! Tem mais tubarão que água!! O Hélio indignado com a resposta do homem perguntou ao irmão: Carlos, tu não queres buscar esse rapaz? Carlos respondeu que sim e prontamente foi se preparando para pular, quando Hélio disse: "Fica aí, porque eu vou sozinho". Hélio Gracie pulou na água, nadou até o rapaz e o trouxe para o barco em segurança... Até os tubarões respeitavam Hélio Gracie.

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Ryan Gracie vs Tico

A verdadeira história da rivalidade entre Ryan e Wallid foi a seguinte: Durante um campeonato de Jiu-Jitsu no Colégio Veiga de Almeida (Barra - RJ) organizado pela recém criada Associação de Jiu-Jitsu da Barra da Tijuca, houve um desentendimento entre o Ryan e o Tico (aluno do Carlson). Ambos estavam na platéia e foram brigar lá fora, mas o Carlinhos Gracie foi lá e impediu, dizendo que era o primeiro campeonato naquele lugar e iria queimar o filme do evento. Então eles marcaram para brigar no outro dia. No dia seguinte, às 8:30h, o Ryan já estava na Academia Barra Gracie, quando o Tico chega para brigar, com o Wallid, Amaury e Parrumpinha. O Carlinhos não deixou brigar lá, explicando que lá era local de treino e não de briga, então o Soca (Alexandre Carneiro) disse que sua casa estava vazia e a luta poderia ser lá. Então foram todos para a casa do Soca. Foi combinado que somente o Renzo poderia dar instruções para o Ryan e somente o Wallid falaria para o Tico. A briga durou uns 40 minutos, começando no gramado e terminando na varanda, quando o Ryan caiu em cima de um vaso de plantas e quebrou a costela. O resumo da briga foi o seguinte: Os dois ficavam parados muito tempo, mas quando o Ryan partia pra dentro, sempre acabava montado (mas cansado). Dava umas porradas mas morria no gás e o Tico (bem mais forte e pesado) saia da montada. Em uma dessas montadas do Ryan, o Tico tentou torcer o dedo dele. O Ryan protestou e o Wallid respondeu dizendo que aquilo era porrada e não treino amigável. Então alguém gritou: Morde a cara dele Ryan!!Nem precisou falar duas vezes: o Ryan deu uma dentada na orelha do Tico e arrancou um pedaço (depois o Renzo pegou o pedaço da orelha e colocou no freezer). Quando o Ryan quebrou a costela e teve que parar, também já estava de bom tamanho para o Tico. Detalhe: No início da briga, a coisa estava meio devagar e o Renzo já nervoso com a falta de combatividade disparou: "Bora "Raia", dá uma escarrada na cara desse corno". O Ryan não se fez de rogado e disparou umas quatro ou cinco bem na cara do Tico.

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O encontro de Magapi com Rei Zulú

Estava eu de férias no mês de outubro do ano de 1997 DC, em São Luis-MA, quando peguntei a um primo se conhecia o Zulú. Ele sabia de quem se tratava, mas por não ser muito ligado em lutas marciais, não pode me dizer nada sobre o mais duro adversário de Rickson! Dois dias depois ele apareceu me dizendo: Olha só Magapi, tem uma faixa lá no João Paulo (bairro) chamando as pessoas para assistir o (pásmem!!!) semanal campeonato de Vale Tudo do Tarracá e dizendo que o Rei Zulú vai lutar!! Depois fiquei sabendo que nesse local tinha luta todo final de semana mesmo. Então, disse ao meu primo que imaginava que Zulú estivesse aposentado, pois já devia estar com uns 50 anos, mas mesmo assim fui lá, na certeza de que encontraria um filho dele lutando ou outro qualquer que estivesse usando o seu nome. Era um sábado, o local era escuro, a entrada era R$5,00 e no programa estavam confirmadas 6 lutas. O nome do local é Arena do Tarracá ou Baixada do Tarracá. As 5 primeiras lutas foram bemmovimentadas com uma média de 3 minutos para cada uma. Quando então é anunciado primeiramente o adversário dele, "Chico Carro-Velho", que vinha do Amazonas. De repente, eu tomei um susto; o apresentador (José Raimundo, ex-presidente do Moto Clube Futebol) disse o nome, Zulú! Surgiu aquela figura; digamos lendária, um pouco folclórica. Putz, é o cara mesmo, eu não acredito, disse ao meu primo, que retrucou dizendo: Eu num disse? É o cara, Magapi!!! Bom, aí o homem entrou no ringue (ringue muito vagabundo) e foi ovacionado pela torcida local. Ele estava calado, quieto no canto do ringue com os braços esticados nas cordas. O apresentador disse apenas o nome e a origem de cada lutador, apresentando o Chico Carro-Velho, e chegou a vez de Zulú, e apartir do momento que seu nome foi falado pelo apresentador, passou o filme na minha cabeça da 2ª luta que fez contra Rickson. Porque neste momento, Rei Zulú começou a fazer aquelas caretas que lhe eram peculiar, o povo ficou maluco com aquele negócio e Zulú parecia se entusiasmar cada vez mais, foi quando o juiz deu o comando de início de luta, e o Zulú continuava fazendo as caretas até que o Chico ficou com raiva e tentou clinchar o Zulú, mas Zulú ainda era muito forte, o adversário devia ter o mesmo peso do maranhense (uns 100Kg). Zulú deu um empurrão em Chico que jogou ele longe, então fizeram aquela finta e de repente o Zulú solta uma espécie de mata cobra (no melhor estilo Igor Vovchanchin) e derruba Chico, que dormiu imediatamente. Que pancada violenta, e daquí a uns 50 anos ainda vou lembrar disso!!! Zulú nesse momento saiu para a galera fazendo caretas e dizendo: Aquí eu ainda sou o Rei!!! Repetia sem parar. Acabada a luta dei um jeito no melhor "estilo Magapi" e conseguí bater um papo com o Rei Zulú, mais ou menos assim:
Mag: Zulú, eu sou Magapi do RJ, me diz aí: Como é o seu treinamento?
Zulú: Levanto carroça, carrego pneu grande, corro entre árvores e empurro a parede. Mag: Empurra a parede?
Zulú: Meu treinamento quem inventou foi meu pai. Tenta empurrar uma parede por 20 min, pra ver só.
Mag: Qual a sua idade?
Zulú: Tenho 48.
Mag: Ainda vai continuar lutando?
Zulú: Só paro quando morrer.
Mag: Um abraço.
Zulú: Pra vc também.

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Por: Marc Magapi
Allan Góes x Frank Shamnrock - Tomando um prejuízo!!

A coisa toda começou quando alguns lutadores de westling desafiaram o Allan, e nisso um japonês chamado Oitate viu o Allan lutar e gostou!! Tanto que lhe propós uma luta num evento de vale tudo no Japão. Nessa época, o Allan não falava muito bem inglês e pediu para um amigo chamado Franco, ficar a frente das negociações para a luta, só que eu acho que pela falta de experiência do amigo do Allan em termos de negociação para uma luta de vale tudo, o mesmo acabou sendo "passado para trás" pelos japoneses, que na hora do combate modificaram as regras, para favorecer o Frank Shamnrock que sempre foi muito idolatrado no Japão. Então disseram que o Allan deveria lutar com uma bota, uma caneleira e uma joelheira. O Allan finalizou o Shamnrock várias vezes, só que o americano toda vez que estava na eminência de desistir, fugia para fora do ringue, o que era aceitável pelas regras do evento!! Além disso, Allan teve um grande prejuízo, já que recebeu uma bolsa de U$800,00, mas teve que gastar U$8.000,00 por conta de uma fratura no pé. Os organizados do evento não bancaram as custas médicas de Allan, que acabou "entrando pelo cano"!! O resultado da luta acabou sendo o empate, sem dúvida um grande negócio para o Frank Shamnrock e um prejuízo grande para o brasileiro!!

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por: Marc Magapi


Marco Ruas x Pinduka 1983

A luta ocorreu em 1983 no Maracanãzinho, em um evento promovido por Róbson Gracie, que também contou com a participação de nomes bem conhecidos do público, como: Marcelo Behring, Rei Zulú, Sérgio Batarelli, Eugênio Tadeu e outros. Bom a luta começou muito movimentada, com o Pinduka dando uns chutes de frente que mais pareciam pontapés de bêbado, para ver se acertava o abdômen de Ruas. Ele tentou cinturar o Marco, que se livrou com agilidade e começou a disparar potentes socos na cabeça de Pinduka, que não conseguia se defender de jeito nenhum. Finalmente, Pinduka conseguiu encurtar a distância, cinturou e levou o Marco Ruas para o chão. O Marco já tinha um bom conhecimento de luta de solo e conseguiu colocar o Pinduka na sua guarda e dalí já foi emendando uma sequência de cotoveladas na cabeça do faixa-preta, que logo conseguiu passar a guarda. Neste momento a luta ficou meio parada, senão pelos socos de Pinduka nas costelas de Ruas e algumas cabeçadas que nunca encontravam o alvo!! De repente o Ruas esperneou e conseguiu repôr a guarda, neste momento foram dados golpes de parte a parte, Ruas por baixo e Pinduka por cima, foi quando Pinduka aproveitou um vacilo de Ruas e passou sua guarda novamente, mas pouco fizeram também neste momento do combate, tanto que o juiz da luta, o delegado Hélio Vígio, decidiu recomeçar a luta em pé, mas era exatamente o que Pinduka não queria!! Marco Ruas começou a disparar seus socos na cabeça, e o Pinduka continuava dando uns ponta pés sem valor, foi quando Pinduka mais uma vez cinturou o Ruas e na tentativa de lhe dar uma queda, acabou tomando uma "contra queda", mas infelizmente Ruas não soube se aproveitar do momento e Pinduka "malandramente" colocou metade do corpo para fora do ringue obrigando o juiz a recomeçar o combate mais uma vez. Este foi o pior momento para Pinduka no combate já que o mesmo (aparentando cansaço) ao receber uma saraivada de golpes, quase foi nocauteado, e Marco não parava de bater, todos na cabeça, sem piedade!! Pinduka empurra Marco para o canto do córner e o derruba mais uma vez, entretanto, já cansado, pouco faz, enquanto Ruas o mantém na guarda apenas se defendendo. Marco Ruas coloca um gancho e Pinduka aproveita o movimento para alcançar a meia-guarda, e começa a disparar alguns socos, Ruas só se defende, é o fim do primeiro round. Começa o segundo round e agora ambos estão cansados, mas ainda assim Ruas dá alguns jabs em Pinduka, que mais uma vez fecha a distância e derruba Marco novamente. Ruas não cede a guarda e ainda consegue colocar um guanchincho, mas Pinduka se anima e desfere alguns bons socos em Ruas, mas o cansaço é maior e o impede de dar uma sequência. Ruas começa a castigar Pinduka com ótimas cotoveladas da guarda, Pinduka tenta reagir, mas Ruas o trava muito bem, então Pinduka dá o último gás e passa a guarda de Marco e desfere dois bons golpes no rosto de Marco Ruas, mas o tempo acaba e na ausência de jurados para dar declarar um vencedor, Hélio Vígio, levanta o braço de ambos.  Senhoras e senhores, temos um empate."Foi minha primeira luta num evento desse tipo, não sabia como era e lutei contra a família Gracie. Eu tinha 23 anos, 78 Kg., enfrentei um cara bem mais pesado e mais experiente do que eu, faixa preta. O juiz, Hélio Vígio, estava contra mim. O empate, eu considero vitória, por causa disso tudo" (Declaração de Marco Ruas à revista O Lutador em Dezembro de 1996). O público começa a se alvoroçar, pois agora terá início a luta entre Marcelo Behring e Flávio Molina, mas essa é uma outra história...

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O mais terrível dos Ivans" - por Marc Magapi

Tem uma história interessante sobre o Ivan Gomes. Certa vez o Antonio Inoke (ex-senador no Japão e promotor do mundo das lutas) esteve no Brasil, fazendo uma espécie de turne de lutas, que teve início em São Paulo. O Ivan se reuniu com alguns amigos, Arnaldo, Toninho, Duílio e foi para São Paulo, saindo de Brasília (10 horas de viajem). O campeão europeu, Carl Goth, fazia parte da entourage, que seguia com Inoke por esta turne. Bom, eles chegaram à São Paulo, assisitiram as lutas e no final, Ivan, subiu no ringue, pediu a palavra e desafiou o campeão Goth, que aceitou o desafio!! Na sequência, a comitiva, viajou para Maringá, no Paraná e Ivan e seus amigos, voltaram para Brasilia, mas para logo na semana seguinte seguirem para Maringá com o intuito de fazer a luta com o campeão europeu. Chegando lá, um discreto emissário de Inoke, ofereceu uma boa grana para o Ivan Gomes lutar com o alemão, contanto, que concordasse em perder!!! Ivan não aceitou e retornou a Brasilia já para lutar num evento no Ginásio do Clube Marista de Brasilia. Ivan, estava com tanta raiva da proposta que lhe haviam feito para perder o combate, que descontou no seu adversário desta luta (Itamirana), toda a sua raiva. "O terrível", venceu por nocaute deixando um verdadeiro rastro de sangue no ringue aquela noite. A repercussão desta "carnificina" foi tão grande, que Inoke, chamou Ivan para conversar e lhe ofereceu um contrato para se tornar um lutador de Pro-Wrestling, por sua associação, no Japão. Diante de tanto dinheiro e tanta oportunidade de fazer publicidade na terra do sol nascente, Ivan deixou o Brasil e fez a vida do outro lado do mundo!! Logo, já se via cartazes de cinco metros com a foto de Ivan Gomes, espalhadas pela capital japonesa. Em breve, outras histórias sobre "O mais terrível dos Ivans".

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Última edição por Admin em Ter Jul 11, 2023 5:09 pm, editado 1 vez(es)

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Histórias Por fora dos tatames  Empty Re: Histórias Por fora dos tatames

Mensagem  Admin Seg Out 19, 2015 8:32 pm

Marcelo Tigre " O incentivador "


O Tigre é um daqueles lutadores que se não existisse teria que ser inventado, porque o cara além de ter um espírito guerreiro do c..., é o lutador mais engraçado que conheço, e esta passagem dele que vou contar agora retrata bem o lado folclórico de Marcelo Tiger.
O cenário desta vez é a Blaisdell Arena no Havaí, o evento, é o Superbrawal 13 e Tigre atrasado como sempre, começava a preocupar seu aluno Lincoln e seus segundos, pois já estava na hora da luta e nada do Marcelo chegar, e olha que ele tinha uma importância muito grande nesse dia, pois como já disse, um dos seus pupílos (Lincoln Tyler - representante do Team Tiger - Havai) lutaria no evento. Bom, para resumir a história, o Tigre não chegou a tempo e o Lincoln entrou para lutar! Ele começou mal no combate, levando a pior mesmo, até que acabou sendo nocauteado pelo adversário, mas como o Tigre sempre diz: "Isso aí é café pequeno...", Lincoln se levantou, continuou no combate, mas seu adversário seguiu dominando as ações. Foi quando chegou ao ginásio, Marcelo Tigre, e quando ainda se ajeitava no canto do córner; viu seu aluno levar uma verdadeira bomba no meio da cara, Lincoln quase caiu, mas foi aí que o "Tigre saiu da jaula"!! Vendo que seu aluno estava em má situação, Tigre já preocupado, percebeu que a única forma de incentivar seu aluno, era apelar para o lado psicológico, então começou a gritar, assim: "Lincolnnnn, Marcelo Tiger is here, Marcelo Tiger is here....Hey, Lincoln, I'm here, I'm here,....Marcelo Tiger is here... Coincidência ou não, Lincoln que vinha muito mal na luta e estava praticamente à mercê de seu adversário, virou a luta, finalizando seu adversário com uma chave de calcanhar que levou o ginásio e seu professor Marcelo Tigre à loucura. Após a luta, Lincoln ainda parecia estar sob algum efeito hipnótico, aponto de Marcelo Tigre pedir pra ele: Relax, relax...

Por: Marc Magapi



De Royler para Rickson: Vai cagar? Vai cagar?

Em abril de 1995, estava sendo realizado no Japão o evento de MMA, Japan Vale Tudo Open, e no vestiário de Rickson Gracie, que aguardava ser chamado para o combate final da noite contra o japonês Yuki Nakai, falava-se de estratégia e táticas para vencer o japonês, quando Rickson, virou-se para o Royler e falou bem baixinho: "Preciso ir ao banheiro". O Royler que estava muito tenso e ansioso pelo inicio do combate, virou-se para o Rickson e falou bem alto: "Vai cagar, vai cagar??" O Rickson visivelmente constrangido disse: "Não, não". Na sequência as imagens do documetário "Choke", mostram Rickson e sua entourage procurando o banheiro e já no desespero, Rickson coloca a mão "nas partes baixas", para segurar o xixi que já estava para sair (até rimou...hahaha).

Rickson Gracie x Mark Shultz

Em 1994, Rickson esteve na Universidade de Utah visitando o clube de westling do campus e venceu todos que estavam lá. Então sobrou apenas o campeão americano de westling, Mark Shultz (UFC 9), que já estava dando seus primeiros passos no jiu-jitsu pelas mãos de Pedro Sauer (faixa-preta de Rickson Gracie). Eles lutaram por aproximadamente uns 35 minutos. Shultz esteve por cima de Rickson praticamente o tempo todo, chegando a empolgar os presentes, mas após uns 20 minutos, Shultz começou a demonstrar cansaço e Rickson se aproveitou disso e o finalizou com um triângulo, e mais tarde ainda finalizou Shultz mais três vezes. Um dos ilustres presentes era o lutador Tom Erickson, que deu sua declaração sobre o que viu: "Ele não conseguiu finalizar o Rickson, e Rickson sim, conseguiu finalizá-lo. Shultz conseguiu derrubar Rickson levando-o para o chão e Rickson não conseguiu levar o Mark para o chão. Acho que o ponto principal é que Mark quis aprender alguma coisa com Rickson dando um treino com ele, já que Mark está começando a aprender jiu-jitsu, mas acho que Mark escondeu um pouco seu jogo" Pedro Sauer também estava lá e dias depois fez o seguinte comentário: O Mark Shultz ficou praticamente o tempo todo dentro da guarda do Rickson, que teve muita calma pra esperar o momento certo de ir para as costas de Mark (isso aconteceu umas três vezes). Rickson não se preocupou muito com troca de posições e o finalizou com um triângulo da guarda, Mark ficou tão impressionado que passou a treinar jiu-jitsu direto com o Pedro Sauer. Por não saber como finalizar o Rickson estando na guarda, o Shultz ficou segurando o Rickson 90% do tempo, enquanto teve força pra isso foi muito bom, mas quando cansou...

Por: Marc Magapi


Peixotinho X Rickson Gracie - 1984



Gracie in action: Você prefere cair no chão ou no tatame?

Em 1979, o Rorion Gracie dava aulas de jiu-jitsu na garagem de uma casa, que ele fazia a manutenção diária. A dona da casa não se importava que ele desse aulas de jiu-jitsu na sua garagem, tendo sido essa, portanto a primeira "Academia Gracie" nos EUA!! Um belo dia, um dos alunos mais entusiasmados do Rorion, visitou uma academia de kickboxing, lá mesmo na Califórnia e depois de assistir os treinamentos disse em auto e bom som, pra quem quisesse ouvir: O meu professor é muito bom e ganha de qualquer um que eu vi aquí! Isso chamou muito atenção de quem estava por lá, já que naquele local treinava o campeão mundial de kickboxing, Benny "The Jet" Urquidez, que na época estava no auge com seus 27 anos! Benny se aproximou e perguntou ao aluno do Rorion, o que lutava o professor dele e o aluno disse que o Rorion era lutador de jiu-jitsu, o Benny fez uma "cara de que nunca ouviu falar", mas disse ao aluno que trouxesse o professor dele aqui para de lutar com ele!! Benny era constantemente desafiado e já estava acostumado com essas coisas!! O aluno foi até o Rorion contou a história e o Rorion a princípio não gostou e foi lá para desfazer a coisa toda e pedir desculpas, mas ao chegar sentiu um clima de descaso e foi alimentando na sua cabeça a idéia de lutar contra Benny, que se concretizou quando o campeão de kickboxing, disse: Então, você quer lutar no chão mesmo ou no tatame? E o Rorion emendou: Você prefere cair no chão ou no tatame? Nesse momento o Benny deu uma recuada e disse: Vamos no tatame... Para resumir a história a luta começou e o Rorion já foi derrubando e finalizando e Benny fazia cara de não entender o que estava acontecendo!! Depois de dez minutos e uma meia dúzia de finalizações o Benny pediu para parar e se sentou ao lado do Rorion e começou a fazer perguntas sobre o jiu-jitsu Gracie. Essa luta foi vista por várias pessoas e é considerada pelo próprio Rorion o estopim do jiu-jitsu na América!!

Por: Marc Magapi



Rolls "Wave" Gracie: Sobrou para o Daniel Sabbá

Foi no bairro do Arpoador, em 1973, na Praia do Diabo. Naquele dia so os locais do surfe estavam pegando onda, mas eis que chega o Rolls Gracie para desafiar as ondas do mar!! O Rolls acabou em um dado momento "enrabeando" uma onda do cara mais arrogante da praia; Daniel Sabbá (hoje apresentador de televisão). O Sabbá reclamou, gesticulou e fez com seu jeito espalhafatoso, uma confusão danada! Na época os Gracies eram cohecidos, mas a população que não acompanhava o mundo das artes marciais não tinha a dimensão da eficiência do jiu-jitsu, inclusive o Daniel Sabbá! Na época o Sabbá era faixa-marrom de karatê e assim como Collor de Mello e Wagner Montes, imaginavam que o karatê de Bruce Lee, famoso na época, os afastava de qualquer possibilidade de derrota em uma briga de rua! O Rolls não gostou da maneira como o Sabba se dirijiu a ele e foi até Copacabana e voltou com uma galera (uns 15 caras do jiu-jitsu) para chamar o Daniel Sabba para a briga! Um outro surfista "pegou o recado", entrou no mar e disse para o Sabba: O garotão que "enrabeou" a tua onda tá lá na areia, dizendo que quer brigar contigo! O Sabba pediu um tempo pra pegar mais umas ondas e disse que em meia hora estaria lá para sair na porrada com o Rolls. Dito e feito! Sabbá saiu do mar e já veio cheio de autoridade falando pra caramba e já armando um soco pra cima do Rolls! O Gracie só desviou do golpe, derrubou o Sabbá e já caiu montado!! O Daniel assustado com o que acabara de acontecer, falou: Parou! Perdi! Pode parar, perdi! O Rolls levantou o deu como encerrada a briga, mas aí uma amigo do Sabba (Murilinho), decidiu encarar o Rolls, mas o Gracie deu um kataguruma no Murilinho e jogou ele em cima do capô de um carro! Bom, aí a porrada comeu solta! A galera do surfe levou a pior e no dia seguinte já estavam tratando de se matricular na Ac. Rolls Gracie. Nesse dia mesmo, após a briga, logo 5 horas da manhã o Sabbá voltou a praia e quando olhou para o lado, ele viu o Rolls!!! Já foi dizendo: Você não vai me bater de novo, né? E o Rolls disse: Hoje, a gente vai só pegar onda!! O resumo é que o Daniel Sabbá também se matriculou na Ac. Rolls Gracie e chegou até a faixa roxa! E foi assim que a galera do surfe conheceu a galera do jiu-jitsu e desde de então o relacionamento entre essas tribos tem sido o melhor possível! É como eu sempre falo: "Existem duas maneiras de conhecer o jiu-jitsu! Por bem ou por mal".

Por: Marc Magapi


O dia em que Anderson foi apenas um Silva

Em 1998, o hoje campeão mundial de MMA pelo UFC, Anderson Silva, sofreu uma derrota nos ringues da qual pouco se comenta!! É verdade que o combate era nas regras do boxe, e Anderson jamais havia feito uma luta oficial de boxe, mas o fato é que o campeão não conseguiu voltar para o sehundo round. No boxe só é permitido atacar o adversário com os punhos; o que deixava Anderson bem limitado, não podendo usar seus chutes espetaculares.
O local da luta foi o ginásio Isael Pastucc, na cidade de União da Vitória, no estado do Paraná. Seu adversário era Osmar Luiz Teixeira, que era mais conhecido como "Animal".  Na época Osmar tinha 30 anos e Anderson Silva 23!! Osmar já havia lutado 13 vezes com 11 vitórias e Anderson, como já disse, fazia a sua estréia na "nobre arte". O combate foi violento desde o início com Osmar partindo pra cima de Anderson e batendo firme!! Mais para o final do primeiro round, o Spyder clinchou, mas Osmar se livrou e desferiu uma sequência na zona hepática e depois em cima!! O Anderson sentiu os golpes em baixo a tal ponto, que nem voltou para o segundo round. Segundo resgistros da época o combate terminou por nocaute técnico, mas eu contesto, e na minha opinião se caracterizou abandono!!

Por: Marc Magapi

Carlos Gracie vs Geo Omori -  Japonês quebrou braço, né?

No ano de 1924, o Prof. Carlos Gracie fez uma de suas lutas mais lembradas pelos historiadores até os dias de hoje!! O seu adversário foi o japonês Geo Omori, que é fundador de uma das primeiras academias de jiu-jitsu no Brasil. O combate foi realizado na cidade de São Paulo, por conta da proximidade com a maior colônia japonesa no Brasil. Um dia antes do combate, Carlos disse que venceria Omori com um armlock, que era a sua especialidade. A luta era prevista para três rounds de três minutos cada; e no finalzinho do combate, Carlos Gracie, puxou Omori para a sua guarda, aproveitou o movimento do japonês e deu um "balãozinho", já caindo na montada!! Geo Omori se assustou e Carlos aproveitou para dar um bote no pescoço do japonês!! O lutador nipônico defendeu bem, mas acabou expondo o braço, devidamente puxado esticado e massacrado num armlock, por Carlos Gracie!! O japonês resistiu até o momento em que ouviu o estalado e percebeu que tinha quebrado o braço, porém virou para o juiz da luta e fez sinal de "tudo bem, vou continuar"!! O Carlos Gracie se desconcentrou e ainda tomou uma inversão do japonês, mas a luta acabou logo em seguida. Como não haviam jurados o resultado da luta foi empate!! A bravura do japonês acabou sendo premiada! Ao final do combate ambos se reverenciaram!! Tempos depois eles se enfrentaram de novo, luta da qual eu não conheço detalhes, apenas que novamente acabou empatada!!

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Rudimar levando uma "desvantagem"!!

Rudimar já brigou e já apanhou, dentro de sua própria academia. Aí vai um causo:
Antes da calça com estrelinhas, havia um uniforme esportivo, estilo trainning, preto, com uma tirinha branca nas pernas e nos braços. Havia faixas ainda e era a sequência do Nélio (branca, vermelha, azul e preta, com pontas). O Rudimar criou a azul clara. Nessa época havia ainda a academia que o Nélio havia criado em Curitiba, a Tai Naja, arquirrival da Chute-Boxe. Comandavam dois formados pelo Nélio: o Rubens e o falecido Reginaldo. Uma ficava a menos de 1 km da outra. Era a Chute-Boxe da Visconde do Rio Branco. O Rafael era faixa vermelha. Acontece que... os "Tai Najas" aqueciam correndo na rua e... pura coincidência passavam na frente da Chute-Boxe. E quando passavam bradavam "Muay-Thai", não pra provocar... só pra reforçar a identidade deles. O italiano Fedrigo surtou um belo dia e abordou os najas... o pau comeu. O Rubens meteu-lhe uma gravata de porteiro e desceu a lenha na lata do Rudimar, ou nas palavras dele, "levou desvantagem".

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Briga na academia: Wallid Ismaill vs Edson Carvalho

Vou apresentar aqui a versão do Wallid sobre o ocorrido, em 1995!!
O Wallid passou na academia do Prof. Medhi na parte da manhã e viu o Edson e o Ricardo Carvalho e já achou estranho, porque eles nunca treinavam na parte da manhã; sempre a noite. O Ricardo mostrou para o Wallid uma carta enviada pelo Carlson Gracie, lá dos EUA, dizendo que havia recebido uma proposta para treinar o Marco Ruas, mas por conta do Marco não ser oriundo do jiu-jitsu e não ter raízes com o Carlson Team ele não aceitaria treinar com ele (Carlson). Nesse momento o Wallid estava discutindo sobre essa questão com o Ricardo e de repente o Edson Carvalho veio e deu um soco na cara do Wallid. O Wallid conseguiu desviar do soco e cinturou o Edson e o colocou pra baixo, mas na sequencia o Edson conseguiu voltar em pé, porém o Wallid de novo o derrubou. Nesse momento o Prof. Medhi apareceu e falou que não queria briga na academia. na sequência foram todos (Medhi, Wallid, Edson e Ricardo) para fora da academia. Ficaram no corredor e o Medhi fechou a porta e deixou o Wallid com o Edson e o Ricardo se pegarem, mas era só para o Edson brigar com o Wallid, mas o Ricardo empurrou o irmão para cima do Wallid e segurou o amazonense para que ele não cinturasse seu irmão!! O Wallid gritou para o Medhi dizendo que o Ricardo estava ajudando o Edson!! O Prof. Medhi abriu a porta e disse que era luta um contra um, para o Edson ficar de fora, mas fechou a porta e o Ricardo voltou a carga junto com o irmão!! Eles "juntaram" o Wallid e bateram com a cabeça dele na parede!! O caboclo ficou zonzo e aí derrubaram o Wallid, pisaram na cabeça, deram uns bicos na costela e depois o Edson montou e "desceu a lenha" em um Wallid totalmente fora de órbita, sem poder se defender!! No final ainda jogaram o Wallid escada abaixo. Nesse momento o Ricardo saiu correndo e o Edson continou batendo, foi quando o Prof. Medhi abru a porta e só viu o Edson montado espancando o Wallid. Wallid levou uns 20 pontos na cabeça, ficou com os dois olhos roxos, orelha toda rasgada e etc.

Wallid x Edson Carvalho

Diretamente dos arquivos do Magrinho uma nota falando do episódio contado na nossa coluna de tretas históricas envolvendo Edson Carvalho e Wallid Ismail.
Existem duas versões para essa confusão, as duas começam iguais: Wallid e Edson se estranharam na academia de judô do mestre Medhi, o mestre os botou para fora e eles se engalfinharam no corredor do lado de fora. Daí vem a divergência:
1. Ambos saíram na mão de forma limpa e Wallid tomou um atraso homérico
2. Edson foi ajudado por seu irmão que segurou Wallid enquanto Edson o espancava.
Independente do que aconteceu, essa rivalidade ficou para a história do jiu jitsu e dos primórdios do Vale Tudo.
Fato é que apesar da insistência de Wallid, Edson Carvalho nunca aceitou essa luta.
Abaixo nota em que Wallid desafia Edson para uma luta de Vale Tudo. Confira!

Histórias Por fora dos tatames  Edson-10



Rolls Gracie - Passando o carro no gringo falastrão

O Rolls Gracie foi um desses personagens inesquecíveis da história do jiu-jitsu. O cara viveu intensamente seus 31 anos de vida terrena, sem descançar. Ele lutou, surfou, nadou, voou, cavalgou, viajou, ensinou, tudo com muita velocidade, força e intensidade. Foi ele que começou com essa historia de realizar mais campeonatos para não ficar esperando o próximo semestre para competir novamente.
Ele era o melhor lutador da familia Gracie, desde que se tornou adulto, pois até os mais velhos ficavam apenas observando ele lutar, ensinar, porque não havia nada a ser dito!! O Rolls estava décadas na frente de todos. O respeito sempre houve, mas o temor dos adversários surgiu logo após ele finalizar o "Serginho Iris", que era "o cara" também!! Tem uma história bacana do Rolls, com um americano que era várias vezes campeão americano de wrestling e pesava uns 30 quilos a mais que o Rolls!! Vamos lá!
Esse americano chamado Bob, veio ao Brasil a convite do próprio Rolls, para dar aulas durante algumas semanas na Academia Gracie e o cara ficou se achando muito melhor do que era e quando tinha oportunidade, ficava pentelhando o Rolls, chamando-o, em português de "magricela"! Até que um dia o Rolls, ouviu do gringo, que "só no Brasil, um cara do peso dele conseguia ser campeão do peso absoluto". Bom, aí o Rolls com muita tranquilidade, chamou o americano para dar um treino e o Gracie "fiziu o que quiriu" (fez o que quis), com o wrestler, finalizando-o a cada dois minutos; até que o americano ficou puto da vida e tirou o quimono, jogou em uma cadeira e foi dizendo que aquela roupa o atrapalhava e tal...  Recomeçaram o treino e não fez a menor diferença, porque o Rolls pegou as costas, deu mata-leão e etc. O gringo ficou uma fera, mas teve que engolir, o tal magricela!!

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Euclides Pereira: O Diabo pintado de ouro!!

Nas décadas de 60 e 70, um nome chamou a atenção do mundo das lutas de vale tudo no Brasil! Euclides Pereira, o "Diabo Louro" fez fama ao ser o único lutador a vencer o poderoso Carlson Gracie. O Carlson lutou dezenove vezes e só foi derrotado por Euclides!! O Diabo Louro enfrentou mais de duzentos desafios em sua carreira e nunca viu o braço do adversário ser levantado! A vitória sobre Carlson Gracie foi emblemática para sua carreira, afinal ele havia vencido um membro da familia Gracie e que se mantinha invicto! Esta luta contra o Carlson foi muito esperada por todos, mas sempre acontecia um fato que acabava inviabilizando o combate, porém em setembro de 1968, em Salvador (BA) os dois se pegaram!! Sabendo da realização do combate, Waldemar Santana deu um jeito de chamar os holofotes para si, declarando que Carlson não teria chances contra Euclides e que o Gracie não duraria nem 30 segundos em cima do ringue... Na luta, Carlson Gracie pagou todos os seus pecados levando uma surra de Euclides, que só não nocauteou Carlson, porque o Gracie foi muito guerreiro; assimilou bem as pancadas que recebeu, mesmo ficando nos calcanhares em duas oportunidades!! O mestre Helio Gracie estava no córner de Carlson e parecia não acreditar no que via, tanto que no final da luta nem dava mais instruções para seu sobrinho... O Euclides lutava de tudo um pouco, reconhecia desde aquela época a necessidade daquilo que hoje chamamos "cross-training". Euclides tinha um ou dois quilos a menos que o Carlson e mesmo assim botou para quebrar!! Na época falou-se em revanche, mas contactado, Carlson nunca mais quis ver o "Diabo" na sua frente, nem "pintado de ouro"! Já nos ultimos momentos de sua carreira com 41 anos de idade, Euclides encerrou outra sequência gloriosa de um até então, invicto personagem do mundo do vale tudo, naquela época. Em 1979, Rei Zulú, desafiou Euclides Pereira e acabou "comendo a barrinha de cereal, que o Magapi amassou com o pé esquerdo na lama", porque depois de algumas saraivadas de socos e chutes durante a luta o gigante maranhense de 33 anos, sucumbiu diante de um estrangulamento e foi obrigado a desistir do combate para não entrar em estágio de sono profundo!! Voltando a declaração de Waldemar Santana, sobre os trinta segundos, que Carlson não resisitiria na frente de Euclides, eu acho que tinha fundamento mesmo, já que Waldemar, já havia amargado quatro derrotas para Euclides.

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Robson Gracie: Homem de personalidade forte!!

Certa vez, de tanto insistir num combate contra Robson Gracie, o lutador Valdo Santana, que era irmão de Valdemar Santana, fez com que a família Gracie se mobilizasse no sentido de buscar um local para a luta e uma boa remuneração para o vencedor. Finalmente, em um daqueles programas lendários da TV Rio, o combate entre Róbson Gracie e Valdo Santana aconteceu!!
Afastados dos ringues há algum tempo, Róbson se concentrava apenas em ministrar suas aulas e não treinava para um combate a mais de um ano. Muito em função disto, ele sofreu muito na luta. Depois de alguns minutos, o representante dos Gracie apresentava cansaço e, segundo o próprio Róbson, Valdo não o venceu porque o irmão Valdemar, que era o seu técnico naquele dia, gritava para ele ir devagar e não partir com tudo para cima.
Observador, Róbson viu Valdo estava muito cauteloso no combate e começou a achar, que mesmo cansado poderia vencê-lo, e então começou a provoca-lo o tempo todo, com a intenção de deixá-lo nervoso e ansioso. Mas o adversário não entrou provocação de Róbson, continuando a levar vantagem na luta, até que no intervalo do penúltimo para o último round, o Prof. Carlos Gracie, falou para Róbson que iria jogar a toalha. Discordando do professor, Robson ficou uma fera e soltou uma de suas eternas frases: “Se jogar a toalha eu abaixo a calça do quimono e vou mijar no meio do ringue”.
Ciente da personalidade intempestiva de seu filho, o professor  Carlos Gracie deixou a luta prosseguir!! Bem melhor do que o rival, a vitória de Valdo se confirmou, no dia em que o Gracie imortalizou mais uma de suas frases!!

Que cheiro é esse?

O professor Róbson Gracie é mesmo pródigo em histórias pitorescas do mundo das lutas. Imaginem que certa vez, em novembro de 1995, em Moscou, naquele frio de doer (inverno europeu)), o professor Róbson foi acompanhar o lutador Ricardo Morais (Ricardão "The Mutant"), em um evento de MMA, no qual ele era um tremendo azarão e já ao chegar em Moscou sentiu que a coisa não ia ser muito fácil, pois lá estavam dois russos , bem mal encarados aguardando por eles no aeroporto. Sem dar nenhuma palavra e muito menos um sorriso, os russos pegaram as malas, o Ricardão e o Robson pelo braço e já foram conduzindo até um carro que lhes aguardava. Somente dentro do carro foi que eles tiveram contato com um representante da organização do evento! Dadas as instruções, os dois foram deixados no hotel e nesse momento o Robson já começou a sentir um cheiro diferente, mas não identificava se era do banheiro, ou se vinha de fora. Bom, no dia seguinte seria já realizado o torneio e os dois foram dormir cedo e o Robson continuava a sentir aquele cheiro, mas não comentou nada com o "Bicho Pré-Histórico", como ele chamava o Ricardão!! No dia seguinte, eles estavam se preparando já no vestiário e o Robson ainda sentindo aquele cheiro esquisito, percebeu que o Ricardão estava com a barba por fazer e perguntou:
Robson: Ohhh Ricardão, tu não estais muito barbudo, não?
Ricardão: Ihhh, eu não ligo pra isso não, mestre!
Robson: E que cheiro é esse Ricardão? Você não tomou banho rapaz?
Ricardão: Ohhh mestre, faz três dias que eu não tomo banho!
Robson: Ahh, logo vi! E por quê?
Ricardão: O senhor acha que eu vou me perfumar pra macho? Esses caras tem é que sentir a minha catinga, hahaha!!!
Bom, a verdade é que eu não sei se o mal cheiro foi boa tática ou não, mas a verdade é que o Ricardão venceu três lutadores russos naquela noite e levantou o cinturão do torneio. Eu acredito que na sequência ele tenha tomado banho...

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Última edição por Admin em Seg Out 26, 2015 12:00 pm, editado 1 vez(es)

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Histórias Por fora dos tatames  Empty Re: Histórias Por fora dos tatames

Mensagem  Admin Seg Out 19, 2015 8:38 pm

Ryan era muito amigo do meu cunhado, Paulo Guillobel, e chegou a morar na casa dele quando garoto. Mas um dia, em 1998, os dois se estranharam por conta de uma garota, e marcaram uma briga, a portas fechadas na academia, para resolver as diferenças.

Seria dentro da Gracie Barra, mas na hora prevista o Carlinhos, tio e professor de Ryan e do professor de Guillobel, Jorge Pereira, estava comigo e com Vitor Belfort, subindo a Pedra da Gávea.

Ryan e Jorge Pereira

Chegamos atrasados, e o duelo dos dois já se desenrolava na rua, em frente à academia. Amigos que eram, parecia uma briga de comadres, onde nada acontecia, Ryan por cima, dentro da guarda de Guillobel. Brigaram porque acertaram publicamente que iam fazer. O ritmo era tão tranquilo que, no meio da confusão, Ryan já estava discutindo com Jorge.

Carlinhos chegou apaziguando. Para não intervir e alguém sair no prejuízo na hora do “aparte”, ele sugeriu: “Se os dois ficarem em pé, acaba, tudo bem?” Ambos concordaram. Guillobel então esperneou e ficou em pé.

Jorge então foi conversar com Ryan, tomar satisfação do que o Fera tinha dito para ele durante a briga. Não houve conversa. Tomou uma cotovelada, caiu de joelhos grogue.

Uma hora depois, Ryan já tinha ido embora, Jorge voltou para conversar com Carlinhos. Queria resolver aquilo. Os dois acabaram se entendendo e o episódio não teve sequência. Mas, ali, na garagem da casa do mestre, e ainda sem ter passado a raiva, Jorge deu de ombros, coçou o queixo e admitiu:

“Temos de tirar o chapéu para a cotovelada do garoto”.

A confusão entre The Pedro e Jorge Pereira

Foi no Universal Vale Tudo Fighting, que esses dois se pegaram pra valer. O Jorge Pereira partiu pra cima do The Pedro!!! O The Pedro tinha desafiado o Jorge (que era até então, o detentor do título) em cima do ringue na edição anterior. Quando o Jorge viu o The Pedro chegando no ginásio, virou para o Paulo Coelho e falou assim: "Segura minhas paradas aqui, vou ensinar um pouco de respeito para esse cara". Nisso, ele já colou no The Pedro e foi logo entimando com a seguinte pergunta: "Tu tá afim de sair na porrada comigo, né? Que porra é essa de me desafiar? Como quem cala conscente... O Jorge Pereira partiu pra cima do The Pedro sem se preocupar com um possível possível "transbordamento da sua honra". Foi "mano-à-mano", brabo!!! Porrada pra tudo que é lado, mas ninguém perdeu sangue nessa história. O pior, é que os seguranças tentavam separar e batiam de frente com um monte de cascudos... Pergunta se alguém botou a mão... Atualmente Jorge Pereira e The Pedro estão com 36 anos. Jorge lutou pela última vez no WEF nos EUA, ano passado e The Pedro lutou contra Assuério Silva este ano no Meca-5.

Judô vs Família Gracie

Quando o Rickson e o Royler foram treinar com o pessoal da Seleção Brasileira de Judô, para aprender as técnicas de queda que lhes faltavam, os atletas do Judô, achando que eles eram uns "galinhas mortas" pelo fato de os dois se deixarem derrubar à vontade (afinal, não estavam lá como Mestres, e, sim, como aprendizes, e aí meio que "esconderam o jogo"), enfim, os caras do Judô entraram "numas" de que "era mole". E caíram na cilada de entrar naquele Campeonato Carioca de JJ na EsefEx, na Urca. E logo frente a quem? Rickson e Rilion (e não sei por que o Royler não lutou, mas acho que era porque o Rilion era mais da linha de frente da família nesses assuntos, na época), sendo que os dois estavam propositalmente no peso dos atletas de Judô que resolveram ir lá testar "o tal do Jiu-Jitsu". Não me lembro de todos os detalhes, e não sei o nome do cara que lutou contra o Rilion no Absoluto. Só sei que ele tinha mais de 1,90 de altura (a cabeça do Rilion batia no peito dele) e a diferença de peso entre os dois era de mais de 30 quilos (!!!) — e sua postura arrogante era proporcional ao físico. E o Rilion levou umas quatro daquelas quedas típicas de "Judô contra leigos" — e nem me cobrem nada além disso, porque nunca treinei Judô e nem sei os nomes corretos em japonês, teve aquela em que o cara te lança pra cima sobre o ombro; e ele aplicava a queda tão bem que o pé do Rilion ia lá em cima e ele caía de cabeça para baixo, depois sendo jogado com toda a força no chão, de costas, e o mastodonte ainda caindo em cima do nosso pobre magrinho de 60 quilos. E sempre com o cuidado de fazer a entrada em queda na beirada do dojo, para evitar qualquer reviravolta, pois nesse caso ele poderia sair do dojo e recomeçar em pé, no centro, e antigamente, com a enormidade de verba disponível (e da mentalidade reinante...), o limite do dojo da competição era o fim do tatame, e dali pra fora era chão duro. Todas as vezes que o Rilion foi jogado de 1,90m de altura ele caiu direto no chão, fora do tatame. Mas, após esse show de amassamento de esqueleto, logo depois de uma dessas quedas o Rilion achou o pé do cara, e aí galera, ele virou o joelho do cara pro lado do inferno, e o sujeito saiu carregado do dojo. Se ele (o judoca) ganhasse, iria para a final com o Rickson, que se inscreveu no peso e no Absoluto, onde mais ninguém do JJ entrou, pois era para deixar rolar o confronto do Judô vs Jiu-Jitsu, somente entre os caras.

(Enviado por Anderson Zonatto - Curitiba)

Sérgio Penha: O homem que "quase" venceu Rickson

A história de Rickson Gracie vs Sergio Penha: Na época Sérgio tinha pouco tempo de treinamento (uns 4 anos), porém ele treinava duro, por volta de 5 horas por dia, durante 6 dias da semana, e o Prof. Hélio Gracie começou a ouvir falar muito sobre Sergio Penha e queria ver quem era esse rapaz que estava fazendo vários faixas preta de Oswaldo Alves desistir das lutas, nos treinos. Então, um belo dia, o Prof. Hélio Gracie chamou Oswaldo Alves para uma conversa , na qual disse que Oswaldo deveria dar a fiaxa preta à Sergio, obviamente para que enfrentasse Rickson. Então Oswaldo deu a faixa preta ao Sergio e o credenciou a entrar num campeonato ou numa luta casada contra Rickson. Na época não se tinha tantos campeonatos como hoje, e a luta acabou sendo empurrada "para o próximo, para o próximo", por três vezes, por vários motivos. Até que mais uma vez os dois se aprontaram para o tira teima, quando Sergio, no treinamento, fraturou uma costela, mas para não pensarem que ele estava correndo da luta, o aguerrido lutador, aceitou lutar assim mesmo. Do outro lado, ao que consta, Rickson estava doente, com febre, e para piorar não havia dormido na noite que antecedeu o combate, porque seu filho Rockson (já falecido), estava com problemas respiratórios e não conseguia dormir, preocupando-o muito. Bom, mas o dia chegou e eles acabaram se encontrando na semi-final do campeonato. Sergio começou dando muita pressão e controlando o combate e foi abrindo a vantagem sobre Rickson. A coisa estava feia para o Gracie, o placar já marcava ( 18 x 2 ) em favor de Sergio Penha. Neste momento a luta foi paralizada por uns dez minutos, (não me lembro o motivo) dando a Rickson tempo suficiente para se reencontrar na luta pois o Gracie já estava totalmente entregue. Então recomeçaram a luta, foi quando seguro da sua vitória por pontos, Sérgio Penha, começou a buscar a finalização, mas este foi o grande erro, porque Rickson é provavelmente o maior finalizador que o jiu-jitsu já viu e além disso está sempre muito concentrado na luta, e se o adversário comete um erro, ele não perdôa. Sérgio puxou Rickson para a guarda e faltando somente 40 segundos para o fim, numa tentativa de passar a guarda de Sergio, Rickson acaba apoiando seu peso exatamente na costela quebrada de Sergio, que dá um enorme grito, e acaba perdendo o focu da luta e cedendo quase que ao mesmo tempo a passagem de guarda e a montada e Rickson parte para estrangular seu adversário, e a 5 segundos do final do combate, Rickson obriga Sergio Penha a desistir da luta, antes que desmaiasse vítima do famoso "estrangulamento Gracie"

(Agradecimento especial à LV BJJ Club)

Romero Jacaré: "Eu vencí Rickson Gracie" !!!

Vamos ler agora, alguns trechos de uma polêmica entrevista de Romero Jacaré à revista Tatame, na qual ele diz que Royler e Royce, quando eram faixa-marrom "não arrumavam nada lá na academia" e completa dizendo que finalizou Rickson Gracie e ainda cita o nome de outro lutador que finalizou Rickson, quando este já era faixa-preta:

"Lembro do Rickson faixa verde, ainda garoto. Ele pegou a preta com 17 anos muito crú, tanto que logo que pegou a preta bateu para o Rosado. Da mesma forma que quando ele era faixa verde e eu azul, o seu Hélio levou ele lá na academia botou "pau-pereira" e eu dei um pau nele e finalizei nas costas. O Royler e o Royce quando eram faixa marrom "não arrumavam nada lá na academia", batiam direto. Não tinha treino para eles lá na Academia do Rolls. Um tempo depois que eles pegaram a preta, aí foi que começaram a fazer frente"

(Agradecimento especial à Revista Tatame)

Ali, Ali, Bomba ye... Ali, Ali, Bomba ye...

Muito já se contou sobre este histórico combate do boxe, entre Muhammad Ali e George Foreman, porém sempre há um detalhe que foi esquecido ou coisa parecida. Quem sabe você não encontra uma novidade no relato abaixo...

Zaire, 1974... Multidões voltaram sua atenção para o centro da África. O combate ganhou todas as manchetes dos jornais e foi o assunto dos bares, das ruas, das escolas e das favelas. O planeta Terra respirou boxe.

Mas vamos aos detalhes obscuros que envolveram este combate:

1 - "Money, money" - Don King nunca passou de um gangsterzinho de Cleveland, que gostava de achacar as pessoas. Foi denunciado três vezes, mas conseguiu escapar, dessas três, duas foram por homicídio, mas já esteve preso em outra oportunidade. King já foi lutador de boxe; lutou três vezes, ganhou a primeira, perdeu a segunda e foi massacrado na terceira, então disse para si mesmo: "Deve haver uma maneira mais fácil de ganhar dinheiro!!!". Em 1974 ele estava por baixo, mas safado do jeito que é, se meteu na frente de todo mundo e arrumou esta luta na África, dizendo para Foreman o seguinte: "Eu lhe arranjo uma bolsa de 5 milhões de dólares para lutar contra Ali, mas ele vai receber bem menos, então bico calado". Aí foi se encontrar com Ali e disse: "Eu lhe arranjo uma bolsa de 5 milhões de dólares, mas ele vai receber bem menos, ele é o campeão, mas você é mais famoso, então bico calado"

2 - "O sopro da morte" - Dias antes da luta, houve uma festa no estádio aonde seria realizada a luta, afim de apresentar os lutadores ao público. Durante a festa uma feiticeira apresentáva-se, dançando a frente de Foreman, quando este foi surpreendido com uma baforada de charuto no rosto, Foreman manteve a tranquilidade e não reagiu. Segundo feiticeiros locais, após receber aquela baforada, Foreman perdeu suas forças e certamente seria derrotado por Ali.

3 - "O corte" - Em um treino com seu sparring, Foreman foi atingido no supercílio e o corte foi grande. A luta foi adiada por seis semanas. Até hoje comenta-se que Don King teria instruído o sparring de foreman para atingí-lo e causar o adiamento da luta. Com isso, mais publicidade, mais folhas de jornal sobre o assunto, mais Don King dando entrevistas sobre o seu "Amor pela mãe África" e etc...

4 - "Ali, Ali, Bomba ye" - Muhammed Ali, foi se encontrar com o ditador Mobuto Set Seko, que tinha muita vontade em vê-lo pessoalmente, após o encontro, ainda no corredor do palácio, Ali é abordado por um soldado que grita: "Ali, bomba-ye"!!!... Ali pergunta ao seu tradutor o que significa a frase e o tradutor diz: "Ali, mate-o". Ali foi do palácio até o hotel onde estava hospedado, gritando para a população: "Ali, Bomba ye...Ali, Ali, Bomba ye". E o povo o imitava, repetindo a frase. Durante as seis semanas de adiamento do combate, Foreman foi obrigado a ouvir esta frase todos os dias.

5 - "Desfecho final" - Em resumo, após deixar Foreman socá-lo nas cordas por oito assaltos, Ali sai das cordas e desfere quatro golpes fatais em Foreman, levando-o a lona. Foreman completamente exauto, não consegue se levantar e Ali se torna pela segunda vez, campeão mundial dos pesos-pesados.

Róbson Gracie "sai no pau" com português racista

Esse episódio, ocorreu no início da década de 60; o Magapai assistiu tudo e hoje vai contar como viu Róbson Gracie "sair no pau" com um português racista:

...eu estava dentro do ônibús e de repente ouví aquela confusão na parte de trás do ônibús, achei que era uma discussão e nada mais, sabe como é, naquela época, não havia muitos assaltos e agente nunca pensava o pior, então me virei e continuei meu cochilo. Foi quando a coisa esquentou e comecei a prestar atenção na história. O trocador havia dito a um rapaz de mais ou menos 1,80m e 80 Kg, que havia dado o troco certo, após receber o dinheiro da passagem pago pelo português (percebí pela maneira de falar), que por outro lado garantia que o troco estava errado, o trocador calou-se, mas o português continuou a insultá-lo desta vez chamamndo-o de negro safado, tiziu e outras manifestações racistas. O trocador era de biotipo pouco privilegiado; magro, baixo e com mais de 50 anos e o português parecia um atleta, com músculos bem desenvolvidos e etc, mais ou menos do corpo do Renzo Gracie, talvez até mais forte. O trocador visivelmente com medo disse: "Tudo bem, então está aquí o troco que o senhor diz ser o correto". Foi quando um magrelinho de camiseta preta, pulou lá da frente e disse: "Se você comigo, num pagava não!" - O português olhou, riu e disse: "Fica quieto baixinho, senão eu vou aí e te arrebento todo!!" - O magrelinho respondeu: "Motorista, pare o ônibús...vamos lá português, estou lá fora te esperando!!" O motorista parou o ônibús e abriu a porta, o magrelinho e ficou esperando o português que desceu logo em seguida. Olha, pra resumir a história, o que eu ví foi um massacre de Davi x Golias, o magrelinho mais parecia um macaquinho de tão rápido que era, primeiro ele derrubou o português, deu uma chave de braço e quando ouviu o estalo largou, pegando em seguida a cara do português e esfregando-a no muro, que ficou com marca de sangue do rosto do português (o muro era chapiscado...), o português ficou lá gritando, sem disposição pra se levantar, o magrelinho entrou no ônibús e disse: "Agora pordeos ir...", como se nada houvesse acontecido. Alguns dias depois estava vendo televisão na casa de um amigo e estav passando o programa "Heróis do Ringue" e pra minha surpresa ví o tal magrelinho, sentado na primeira fila. Perguntei aos meus amigos quem era e logo me disseram se tratar de um dos membros da família Gracie de jiu-jitsu. "Aquele é o Róbson, é pequeno, mas é uma fera"!!! Então eu disse: "Bom, isso eu posso garantir que é mesmo!!!"

Lacerda "O mestre da morte", sonho ou realidade???

Vamos ler agora um a descrição do jornalista Paulo Coster para o Mestre da Morte e seus devaneios. A matéria abaixo foi publicada na revista Ring, n° 6 de Novembro/99.

"Eu já vi muita palhaçada nesse meio das Artes Marciais. Mas nunca imaginei encontrar um legítimo artista de circo propagando tolices em academias conceituadas e o pior, conseguindo prender a atenção de lutadores de verdade. Não costumo citar nomes, mas vou quebrar o protocolo desta vez e lançar uma pergunta no ar: "Como é que um peão com traços claríssimos de esquizofrenia se intitula "Mestre da Morte" e consegue espaço para vomitar asneiras na academia do Carlson? Esse asno se orgulha de dizer que seus dedos são treinados e tem a força de um alicate, que seu soco tem a potência de uma marreta e que sua cutelada é afiada como uma lâmina. Acho que ele está mais para torneiro mecânico do que para ícone das Artes Marciais. Em todo caso sempre existe um ou outro pato disposto a nadar nesse mar de babaquice. É o caso de um certo baiano que nada... nada... nada... e no fim das contas NADA!

Ele na verdade deve ser mestre em Comunicação Social. Basta olhar para mim, nesse momento, perdendo minutos preciosos parafalar de quem não representa nada. Já critiquei duramente diversas personalidades do munda da luta mas, sinceramente, só consigo sentir pena desse tal Mestre da Morte. Ele não pertençe ao mundo da luta, nunca pertenceu e jamais pertencerá. É claro que existem muitos lunáticos nesse meio, existem os que bebem sangue, os que socam paredes, os que andam de quatro... mas eles costuma equilibrar suas deficiências mentais com garra e raça dentro do ringue. Nosso "Mestre da Morte" já é caso perdido, está velho, gagá e agora deu para queimar dinheiro... é caso de internação definitiva ou de sacrifício mesmo!

O Programa Heróis dos Ringues, apresenta...

O programa de TV "Heróis dos Ringues", foi transmitido durante dois anos pela TV Continental. Era um programa de lutas tipo vale-tudo, no qual participavam lutadores de Jiu-Jitsu que enfrentavam lutadores de outras lutas. O programa ia ao ar todas as segundas-feiras e era coordenado por Carlos Gracie. Dentre os lutadores de maior destaque estavam João Alberto Barreto, Hélio Vigio e Carlson Gracie, todos alunos do Mestre Hélio Gracie. Lutas memoráveis aconteceram nesse programa, como as de Carlson que acabavam em pouquíssimo tempo , como por exemplo contra Karadagian, que terminou em menos de 30 segundos. João Alberto teve, também, várias lutas memoráveis, como a que ele, João, pegou o braço de um adversário deixando-o com fratura exposta. Em uma luta, o adversário de João Alberto banhou o corpo todo de óleo, dificultando assim, a sua pegada, já que quando João o agarrava, este escorregava e fugia da luta, prolongando sua duração. Na primeira vez que João conseguiu se juntar ao adversário e travá-lo, no segundo round, o adversário juntou-se na corda para fugir e levou uma joelhada no queixo, caindo desmaiado. Porém, nem só de vitórias vivia o Jiu-Jitsu neste programa. Hélio Vigio foi nocauteado por um boxeador, algo parecido como o que aconteceu com Amaury Bitteti (um dos grandes lutadores de Jiu-Jitsu da atualidade) num vale-tudo realizado em 1995 no Rio de Janeiro, vencido pelo mestre Hulk (capoeirista). Outros destaques do programa, alem dos três já citados, eram Mauro "Pé de Pato", Juarez, Róbson Gracie, Oswaldo Gomes da Rosa, o "Paquetá", dentre outros. No ano de 1999, Róbson Gracie resgatou "Os Heróis do Ringue", desta vez apresentado pela CNT, mas num formato bem diferenciado do original. Nesta nova edição o programa mostrava lutas atuais e outras mais antigas, sempre em reprise. Quando programa começou a mostrar algumas lutas, que o canal a cabo Sportv, apresentaria no futuro para seus assinantes, Róbson Gracie não pode mais colocar estas imagens ainda inéditas. O programa conduziu boas entrevistas e mesas redondas de boa qualidade. Vale lembrar que pelo programa passaram também bons comentáristas como Aluízio Vieira e Jayme Rousso. O programa ficou no ar por pouco mais de 1 ano. Quem sabe ele não volta em 2002!!!

(Agradecimento especial ao Prof. Fernando Pinduka)


Carlson Gracie vs Capoeira - O início de tudo

A história abaixoé um trecho da entrevista concedida por Carlson Gracie ao site da revista Tatame

Você já estreou contra o Waldemar? Não, muita gente pensa isto, mas na verdade, quando lutei com o Waldemar, já tinha feito várias lutas. A minha primeira luta foi com o "Capoeira", que era um dos caras mais fortes do Rio. Ele fazia parte do grupo do "Cirandinha", no Leblon, que era de uns baderneiros, brigavam com todo mundo, desmoralizavam todo mundo. Um pai de família dava uma festa de quinze anos e eles iam lá e acabavam com a festa. Até no Copacabana Palace eles acabaram com uma festa. Então eu resolvi desafiar qualquer um. Como na época era menor, só tinha dezessete anos, o meu pai teve que fazer uma armação para mudar a minha idade. Então, passei a ter 21 anos. Lutamos numa quadra de cimento que tinha atrás do gol do Vasco, lá em São Januário. Eu ganhei rápido, sem botar pra baixo. Nós caímos embolados, caí por baixo, mas arrebentei ele na guarda, fui pra cima e montei. Depois, dei uma saraivada de socos. A luta durou uns quatro, cinco minutos.

Carlson Gracie: Está preparando o Heroes 3 (evento que promove) e vive nos EUA

Agradecimento especial à Revista Tatame e Carlinhos

Rickson Gracie é desafiado dentro de um restaurante

Denzel Whashigton astro de hollywood premiado nesse ano (2002) como melhor ator, deu uma entrevista para a HBO transmitida no ano passado pelo mesmo canal aqui para o Brasil. A entrevista era feita para a TV brasileira e a repórter pergunta a Denzel - O que vc conhece sobre o Brasil? DENZEL: Eu conheço a familia Gracie o mesmo se ajeita na cadeira abre um sorriso e diz o seguinte: DENZEL: Tenho uma historia para contar que uma amiga de Los Angeles me contou. Minha amiga estava em um restaurante em Los Angeles e tinha uma mesa com três rapazes que falavam muito alto e de forma muita estúpida e grosseira dentro do restaurante. Duas senhoras de idade que estavam sentadas ao lado pediram para que os rapazes tivessem modos. Os mesmos começaram a xingar as senhoras de todo tipo de palavrão, foi quando de algum canto por perto, levanta-se Rickson Gracie e diz: "Vocês tem que respeitar as senhoras". Os rapazes então desafiam o homem que se levantou para uma briga. Sem pensar duas vezes, o homem parte em direção aos três para iniciar a briga. A esposa do Gracie (Kim) se levanta, e diz: Rapazes parem com os insultos pois se não, vou ter que chamar o 911, e não será para o meu marido. Nesse momento os rapazes param com os insultos, e saem do restaurante . "Para quem não sabe 911 nos Estados Unidos e o número da emergência".

Rickson Gracie: Ao que tudo indica deverá lutar no ano de 2003 contra um adversário japonês.

Agradecimento especial à Fernando Zandona

O jiu-jitsu na década de 20

No final da década de 20 a família Gracie mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1930, com 28 anos abriu a primeira academia de Jiu-Jitsu do Brasil, no Bairro do Flamengo. Hèlio, adolescente mirrado e fraco foi proibido pelos médicos de praticar a luta, porem ficava dias inteiros apreciando o irmão. Aprendeu olhando e simulando sozinho os movimentos de combate. Um dia Carlos se atrasou e Hélio acabou dando aula em seu lugar. Virou professor. Após a morte de Conde Koma, por volta de 1928, Carlos passou a ensinar para os outros irmãos o que o mestre lhe ensinara, como forma de homenagear seu mestre e também para que o Jiu-Jitsu não morresse. Conde Koma ensinou a Carlos e segundo Carlson, Carlos desenvolveu novas técnicas sem fugir dos fundamentos da luta, transformando a luta numa espécie de xadrez humano, com base em alavancas na qual um homem fraco poderia derrotar um homem forte, desenvolvendo assim o Gracie Jiu-Jitsu. Carlos teria ensinado a Hélio Gracie toda a sua técnica. Porém Hélio Gracie é considerado o criador do Gracie Jiu-Jitsu, que devido a seu físico franzino, derrotava os adversários com sua técnica. Segundo Helio, Carlos foi o maior difusor do Jiu-Jitsu, porém ele, devido a sua dedicação, era o melhor entre os irmãos. Ele era incansável e não se cansava por não usar força, apenas técnica. Hélio transformou o Jiu-Jitsu em mais agressivo e letal. Hélio acabou em se transformar em herói nacional, o grande campeão em lutas em estádios e praças públicas. Carlos passou a ser "manager" do irmão, era ele quem dizia com quem Hélio deveria ou não lutar. George Gracie e Hélio Gracie eram os principais lutadores. George Gracie foi o iniciador dos vale-tudo ao derrotar o homem mais forte do Rio de Janeiro na época, Tico Soledade, campeão absoluto de levantamento de peso e queda de braço, além de ser conhecido por sua valentia.

Agradecimento especial ao Mestre Fernando Pinduka

MagaFights: "Wallid Ismail vs Eugênio Tadeu - 1992"

Grajaú Country Clube - 1992 - Desafio Jiu-Jitsu vs Luta Livre

O juiz do combate (Fulgêncio) dá o comando de início de combate e os lutadores nem bem se estudam e a porrada já começa... uma troca de golpes e Wallid tenta cinturar Eugenio, o representante da luta livre defende-se bem, mas Wallid parece determinadao a colocar Eugênio no chão... Wallid consegue dominar uma perna de Eugênio que perde o equilibrio e cai, agora Wallid está por cima, mas Eugênio esperneia e sai lá de baixo e parte pra cima de Wallid, que também não se intimida e troca vários socos com Eugênio... Agora é Eugenio que tenta derrubar Wallid, mas o representante do jiu-jitsu faz "pé firme" e não cai, porém Eugênio continua cinturando Wallid que agora se aproveita e dá uma série de cotoveladas nas costas de Eugênio...Wallid faz uma esgrima, se livra dos braços de Eugênio e já ememda uma queda...Atenção!!! Eugênio cai fazendo guarda e já vai direto para a america invertida, o golpe tá encaixado, mas Wallid estica o braço, faz cara feia e se livra do gope na base da grosseria... Wallid então começa a dar vários socos na lateral da cabeça de Eugênio, que tenta se defender em vão, nooooossa agora Wallid começa uma série de cabeçadas....Opa, Eugênio está com o supercílo sangrando!!! Eugênio mais uma vez mostra muita garra esperniando lá de baixo, explodindo com tudo e a luta volta em pé... são socos agora de ambas as partes (que luta!!!)... eles não param, continuam em pé, nesse momento Wallid tenta derrubar Eugênio, estão nas cordas, Wallid faz força e coloca Eugênio para baixo.... Recomeçam as cabeças de Wallid, na testa de Eugênio, que continua com o rosto sangrando... Wallid também já está com um hematoma abaixo do olho direito, provavelmente fruto das cenas de trocação... Eugênio está com a metade do corpo pra fora do ringue, o juiz para a luta e ordena que a luta recomece em pé... Voltam as cenas de trocação (intensas mesmo!!!)...Wallid parece cansado, está meio mole; cruzados, diretos, ambos já meio cansados, mas Wallid cintura Eugênio novamente e o derruba outra vez... O ímpeto já não é mais o mesmo, mas Wallid ainda desfere duas boas cabeçadas em Eugênio... Termina o primeiro round e o juiz dá "uma dura" em Wallid que ainda deu uma cabeçada após ouvir o gongo... Começa o segundo round... ihhhh já tá voando sangue pra todo lado, eles continuam trocando socos de todos os lados, Wallid aproveita e derruba Eugênio novamente, Wallid está na meia guarda, começam novamente as cabeçadas de Wallid em Eugenio, o lado esquerdo do rosto do representante da luta livre chega dar pena e Wallid insiste nas cabeçadas e nos socos na lateral da cabeça de Eugênio, Wallid não tenta passar a guarda...agora são vários socos de direita de Wallid no rosto de Eugenio, que mal consegue se defender, Eugenio está encuralado nas cordas e sofredo um duro castigo.... o juiz para a luta e eles voltam em pé... Eugenio parece revigorado e parte para cima de Wallid, desferindo socos , Wallid parece ter sentido algum golpe e cintura Eugenio de novo e o coloca para baixo,... recomeça o castigo, com cabeçadas e socos no rosto de Eugenio, que mais uma vez mostra muita garra e explode lá de baixo e os dois estão em pé novamente... trocação intensa, eles não param sequer um segundo, soco pra todo lado (um lutão mesmo!!!). Estão agora no canto do ringue, Eugênio parece muito cansado e puxa Wallid para a guarda, Wallid aproveita o movimento de Eugênio e o empurra para fora do ringue, mas Eugênio se agrra a Wallid que cai junto... e cacete!!! A luta continua fora do ringue, os expectadores abrem uma rodinha e Walid está por cima "descendo a ripa"... Agora Wallid é agarrado pelas costas e retirado de cima de Eugênio, que está morto de cansado, Wallid volta ao ringue e com a renúncia de Eugênio em voltar a luta, o juiz conta até 10 e declara Wallid Ismail vencedor do combate.... WOW, que luta, fãs do esporte!!!! Essa foi uma verdadeira MagaFight !!!

Wallid Ismail: Continua ativo no vale tudo, principalmente no Japão

Eugênio Tadeu: Ensaia o se retorno aos ringues no Meca 8 contra Marcelo Giudice

Narração enlouquecida de Magapi

MagaFights: "Marcelo Bhering vs Flávio Molina" - 1984

...tudo pronto, Marcelo tira o quimono, fica só de sungão, no seu córner está Reyso Gracie, o juiz Hélio Vígio dá o comando de início de combate e lá vão eles, por enquanto somente se estudam... Marcelo está mais parado esperando uma opotunidade de levar a luta para o solo e Molina está saltitante no centro do ringue...Molina dá um bom chute abaixo do joelho de Bhering... Agora Marcelo parte pra cima, mas Molina se esquiva e ainda desfere um bom chute na parte interna da coxa de Bhering... Agora Marcelo fechou a distância e cinturou Molina que se agrra às cordas para não cair (tá esquentando...) Atenção Bhering gira e vai para as costas de Molina... Flávio Molina tem boa base e não vai para o chão, resiste bem esse lutador. Molia consegue girar e vira novamente de frente para Marcelo, mas ainda está cinturado... Bhering insiste e agora da um ouchi-gari e leva Molina finalmente para o chão, agora Bhering está se sentindo em casa e Molina num terreno absolutamente desconhecido...Marcelo já cai com a guarda passada e atenção...nesse momento Marceloo Bhering monta... o Maracanâzinho quase vem abaixo , a torcida enlouquece... nesse omento Róbson Gracie começa a gritar da primeira fila: "Finaliza, finaliza..."... mas Bhering parec bem clamo, agora está montado e começa a dar os primeiros socos no rosto de Flavio Molina, que tenta em vão se proteger, parece que é o fim... agora duas boas cotoveladas de baixo para cima de Bhering bem no crânio de Molina... neste momento Bhering começa uma sequência de socos frontais e laterais, todos no rosto de Molina, que continua vivo na luta!!! E não para omassacre, são golpes de todos os lados, cotoveladas sem fim na cabeça de Molina, esse rapaz é um heroi por ainda estar aí,...o ginásio parece que vai explodir, o povão está completamente em êxtase com as sequencias de socos e cotoveladas de Bhering na cabeça de Molina, um massacre, meus amigos, não há palavras que possam descrever o que estou vendo, mas Molina é valente, resiste como os guerreiro da sua luta de origem, o kickboxing, Marcelo continua a bater...o juiz percebe que não há mais condições para continuar a luta, pois só existe um lutador no ringue... Hélio Vígio para a luta e declara Marcelo Bhering vencedor do combate por nocaute técnico. Detalhe: Apesar de ter apanhado o tempo todo Flavio Molina não desistiu em momento algum. Agora esperamos o último combate da noite entre Rei Zulú vs Sérgio Batarelli, mas isso é uma outra MagaHistória...

Marcelo Bhering - Faleceu vítima de uma overdose de drogas na década de 90.

Flávio Molina - Entrou para a polícia e anos mais tarde, também na década de 90 acabou falecendo vítima de uma queda um penhasco, quando instruia seus alunos da academia de polícia no esporte conhecido como rappel (descida de montanhas). Detalhe: A rede Globo acabou sem querer mostrando ao vivo a queda de Molina do penhasco quando fazia uma matéria sobre este esporte. Algo muito triste de lembrar (eu ví).

Narração enlouquecida de Magapi

Carlson Gracie vs Passarito

E depois de fazer a minha primeira luta de vale tudo contra o "Capoeira" enfrentei A o "Passarito", que era um cara fortíssimo, campeão brasileiro de Luta-Livre, campeão brasileiro de Judô e campeão brasileiro de Boxe. Imagina a fera que eu peguei. Tinha 96 quilos de músculos e eu com 72. A luta foi empate. Esta luta foi realizada atrás do gol do Maracanã. Uma hora de luta e não houve vencedor. Nos primeiros minutos de luta eu levei uma queda, quebrei a clavícula, mas ninguém percebeu. Fiquei 90 dias com um aparelho "pra indireitar". Foi a primeira luta que eu fiz com o Passarito. Teve outra com ele também. As condições da luta eram: rounds de meia hora até alguém desistir!!! A luta durou duas horas e meia! Quando acabou o quinto round, depois de duas horas e meia, ele não tinha mais condições de andar. Eu arrebentei ele todo e o médico não deixou ele voltar!!! Ele ficou duas semanas no hospital. Duas semanas com oxigênio, naquele morre e não morre. Eu, inclusive, fui lá visitá-lo!!

A História do Jiu-Jitsu - por Prof. Paulo Caruso

A origem do jiu-jitsu se confunde com a prática do jiu-jitsu feudal e no surgimento do judô de Jigoro Kano. Alguns historiadores relatam ser originário da India, outros dizem na China. O certo é que foi no Japão que evoluiu como arte marcial, sobre a influência histórica do povo e da saga dos samurais.

Os registro mais antigos datam de 230 a 750 A.C., em torneios de luta corpo a corpo entre os samurais na presença do Imperador. Os samurais defendiam os senhores feudais, praticavam lutas de espadas e outras armas além do jiu-jitsu, que era considerada uma técnica de ligeireza , a base de estratégia de movimentos.

A doutrina das artes marciais resulta da idéia da não resistência e da suavidade, encontradas no livro de Lao Tse de filisofia chinesa e no Hwang Shikon (Bíblia sagrada dos guerreiros feudais), que aborda o princípio da cedência e não resistência ao oponente.

A partir da metade do século XVI o jiu-jitsu começou a tomar forma sistematizada. Entre os séculos XVI e XVIII foram estabelecidos os principais fundamentos do jiu-jitsu. Na época do Edo (1603-1868) o Japão se encontrava em certa paz, o que fez que as artes marciais se espalhasem pelo país. Nesta época havia distinção entre os guerreiros e as pessoas comuns, que eram proibidas de usarem armas, daí a necessidade de aprenderem a lutar jiu-jitsu.

A partir de 1871 houve um colapso feudal com a influências ocidentais e a proibição do uso de armas no Japão. Isso criou um desânimo e rivalidade entre as escolas de artes marciais, pois sómente o jiu-jitsu sobreviveu como arte marcial por não usar armas. Haviam dois tipos de técnica, o Sumô a base de peso e força, e o jiu-jitsu, a base da estratégia de movimentos. O jiu-jitsu utilizava socos, chutes, cuteladas, joelhadas, torções e chaves. Com o desenvolvimento das escolas apareceram cada uma com suas especialidades, da onde provavelmente influenciaram o surgimento de outras artes marciais de luta a mão desarmada.

Tornava-se uma arte popular e perigosa, que para ser admitido tinha que assinar com o próprio sangue a isenção da escola instrutora. No fim do século XVIIII um estudioso japones chamado Jigoro Kano criou o sistema Kano de jiu-jitsu, onde sistematizou os métodos, aperfeiçou técnicas, colocou certos princípios e deu grande enfase na filosofia: " O que eu ensino não é apenas arte jitsu, mas é no princípio que coloco toda a importância." e deu o nome de Judô, um meio de vida da qual através do exercício físico e aprimoramento técnico o homem purifica a alma e pensa no próximo.

Vários foram os japoneses que saíram pelo mundo para divulgar seus conhecimentos, mas um com o apelido do homem das mil lutas veio se estabelecer em Belém do Pará, onde teve os primeiros contatos com a família Gracie. Conde Koma como era conhecido Matsuyo Maeda ensinou membros da familia, que deram origem a uma nova modalidade de luta desportiva que vem crescendo em todo mundo, o brazillian jiu-jitsu. A partir do irmãos Carlos Gracie e Hélio Gracie o Brasil entrou para o rol das artes marciais mais eficientes, com novas técnicas, movimentações avançadas, regras diferentes e com enfase na luta de solo.

O jiu-jitsu brasileiro é hoje mundialmente famoso, com amplo mercado de trabalho para os mestres formados aqui. Virou uma profissão de respeito entre os países mais desenvolvidos, pois trouxe de volta as raízes do homem primitivo, mas com a razão do homem contemporâneo. É um grande atrativo para o público que gosta de lutas, entre eles crianças e mulheres, e mexe com milhares de pessoas envolvidas com o jiu-jitsu no Brasil, principalmente no rio de janeiro.

O jiu-jitsu tornou-se um conteúdo da educação física no brasil, onde é ensinado em escolas, clubes e academias. Permite a profissionalização do lutador, melhora a força, a resistência geral e a flexibilidade, além diminuir o stress físico e mental. Mas é preciso que seja ministrado por profissionais sérios, comprometidos com a filosofia e a pedagogia do ensino, de preferência professores com conhecimentos em educação física.

Paulo Caruso é professor de Educação Física - Cref 0977 e Faixa Preta 6º grau de Jiu-Jitsu

Rolls Gracie "Esse a gente não pode esquecer"

O Jiu-jitsu precisava de um campeão com grande técnica, carisma, liderança para influenciar e orientar a geração mais jovem de praticantes de artes marciais. Em Rolls Gracie, o jiu-jitsu achou este líder. O menino com o nome estranho, começou na Rua São Bolivar 14, em Copacabana, Rio de Janeiro, próximo ao Teatro Roxy, um esforço consciente para ser o inovador e peça fundamental para a transição do jiu-jitsu. Ele introduziu educação física em seu programa de treinamento conjuntamente com técnicas de outras artes marciais. Ele promoveu competições jiu-jitsu mas ainda apelou para a juventude, que popularizasse este esporte. participando. Ele se tornou o líder de centenas de pessoas jovens da Zona Sul do Rio.

Não contente com o que já havia aprendido sobre técnicas de lutas marciais, ele viajou o mundo procurando mais conhecimentos, compartilhando seu estilo, e competindo contra lutadores sambô nas regras de seus oponentes. Onde quer que Rolls tenha ido, impressionou todo mundo com sua versatilidade, rapidez e força; pesando 71Kg, ele dava saltos poderosos, chutes e socos, algo nunca visto antes num lutador de jiu-jitsu. Weighing somente 160 libras, ele desempenhou saltos poderosos, chutes, e socos; algo nunca visto num lutador de jiu-jitsu.

O filho de Carlos, o mais velho do original quatro famosos irmãos Gracie, Rolls realmente foi levantado pelo irmão mais jovem, Helio. Rolls foi o ponto de equilíbrio da família Gracie, fazendo uma ponte entre o velho e o novo. Mas no auge de sua força, fama e popularidade, um acidente com uma asa delta, em Visconde de Mauá (interior do Rio), acabou vitimando Rolls. Com seu falecimento, o campeão deixou atrás de uma geração de órfãos espirituais.

"Um aluno do "Barrada", o Cícero, que era um bom professor da academia, passou o "rôdo", no Rolls. Não chegou a pegar, mas se fosse campeonato teria ganho por vários pontos. Aí o Rolls me ouviu e passou a treinar comigo. Ele dava aula lá na academia do tio Hélio, mas foi treinar comigo. E ficou realmente um fenômeno. No Jiu-Jitsu, no peso dele, não teve ninguém melhor. Ele era muito melhor que o Rickson. Eles sempre treinavam e o Rolls sempre ganhava. O tio Hélio ficava puto da vida. O Rickson era bom, claro, mas o Rolls era melhor". (Carlson Gracie)

Agradecimento especial ao site GracieFighter

Carlson Gracie vs Euclídes Pereira

Carlson Gracie fala sobre sua derrota para Euclídes Pereira:

Prof. Carlson, como foi a sua derrota para o Euclides Pereira? É, eu perdí na cabeça do juiz, mas quilo eu ganhei, vencí a luta, mas os jurados deram a vitória para ele. Essa foi a minha penúltima luta. Foi uma luta muito dura. O Euclides havia vencido o Waldemar, mas perdia sempre para o Ivan Gomes. Eu levei nítida vantagem, n combate!! Inclusive, no primeiro round, cheguei a encaixar um mata-leão pelas costas, ele foi esperto e rodou para fora do ringue, fugindo. Quando eu larguei, ele tava dormindo fora do ringue. Aí fez uma cera lá embaixo, ficou enrolando. O resultado foi vaiado por todos, até lá na Bahia. A luta foi na Fonte Nova, no meio do estádio.


Última edição por Admin em Sáb Nov 07, 2015 12:18 pm, editado 2 vez(es)

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Histórias Por fora dos tatames  Empty Ricardão Moraes: "Para esse avião, eu quero descer p..."

Mensagem  Admin Seg Nov 02, 2015 10:45 am

Essa aquí é boa galera.A história sobre um antigo lutador chamado Ricardo Moares que os mais novos não o conheçem .Início da década de 90 e o nosso amigo Róbson Gracie, convida o até então desconhecido Ricardo Moraes para lutar num evento em Moscou, na Rússia. Na época o Ricardão trabalhava como segurança e na ânsia de aumentar a sua renda, já que ele faturava R$500,00 por mês. Então, o Róbson foi até o Ricardo, que na época era faixa azul e o convidou para esse evento, dizendo o seguinte: "Olha Ricardo, você vai fazer uma luta lá na Rússia e pronto. As regras são essas aí que agente tá acostumado, então num tem problema e vê se não se esquece que lá tá frio hein??? O Ricardo ficou animado e concordou com tudo rapidamente, mesmo sem saber ao certo quanto lhe pagariam. No dia seguinte, o Róbson liga para o Ricardo e diz: Olha Ricardão, na verdade você vai fazer 2 lutas, tá bom? - O Ricardo, já "meio cabrero" diz: Tá bom seu Róbson, agente encara... Aí, chegou o dia do embarque, e o Ricardão aparece no saguão do aeroporto, atrasado e de bermuda. O Róbson não perdoou e soltou o verbo pra cima do gigante: Porra Ricardão, de bermuda??? Eu num te falei que lá tá frio pra caramba?? - O Ricardo ainda meio sem jeito pediu desculpa e disse: Tudo bem, eu aguento...Foi quando o Róbson aproveitou a deixa e disse: Olha Ricardão, "efetivamente" serão 3 lutas viu? - O Ricardo arregalou os olhos e disse: "Pô, assim eu já num sei se vai dar, eu nem tive tempo de me preparar direito...eu acho melhor agente.... - Ihhhh, que nada rapaz, agente tira isso de letra - disse Róbson Gracie. Finalmente os dois ouviram o chamado do vôo e foram para o avião. O Ricardão com seus 2 metros e pouco chamou a atenção e todo mundo até porque estava indo para a Rússia de bermuda!!! Alguns minutos depois o avião decolou rumo `a Moscou foi quando o Róbson virou para o gigante Ricardão e disse: Olha Ricardão, tem um "detalhe" que faltou eu te falar. É que "no duro" mesmo são 4 lutas que você vai fazer... Niss o Ricardão se levanta, soltando o cinto e com os olhos arregalados e diz em voz alta: Para esse avião, eu quero descer, porra!!! Os passageiros ficaram assustados, as levaram na brincadeira, já que o Róbson conseguiu acalmar o gigante, que ficou falando o tempo todo durante a viajem, de tão nervoso que ficara. Horas e mais horas depois o avião chega à Moscou e no desembarque o Róbson olha para o Ricardão e diz: Olha Ricardão só tem mais uma coisa que eu não te falei, é que "para ser franco".... - Ahhh, já sei, Róbson, na verdade são 5 cinco lutas, né? Então que se f.... Eu vou meter a porrada nesses f.d.p. porque eu já tô na m... mesmo!!! Bom galera chegou a hora do evento e o Ricardão foi vencendo seus adversários na base da superação e chegou a final contra Ilioukini "Misha" Mikail e acabou vencendo o torneio, na desistência do russo após uma saraivada de socos, que quando batia na cabeça de Misha, dizia: Inferno, Inferno, guerra, guerra...




The Final Match - Akira Maeda x Alexander Karelin

The Final Match, foi o título dado pelos japoneses para o combate que encerrava defintivamente a carreira do ídolo japonês, Akira Maeda. Nada melhor que proporcionar ao público a presença de uma lenda do mundo da luta. A escolha não poderia ser melhor; das frias estepes russas, os promotores trouxeram o até então invencível, Alexander Karelin. A luta movimentou o Japão, a coletiva de imprensa que oficializou a luta foi realizada no dia 22-01-1998 e Akira com a responsabilidade de "pelo menos dar trabalho", começou um duro treinamento com os japoneses Kanehara e Kohsaka, depois foi para Ekaterinburg, na Rússia, para treinar com Khopilov e outros. Em seguida, Maeda viajou para Seattle, nos Estados Unidos, para treinar de maneira bem intensiva a parte muscular e de trocação com o americano Maurice Smith. Maio de 1998, ao som pesado de Ozzy Osbourne o russo Alexander Karelin, entra no ringue e causa uma mistura de medo e admiração, por conta de sua vasta musculatura. Logo depois entra o japonês Akira Maeda no ringue. Saudado por seus compatriotas, Maeda parece saber que está prestes a ser engolido por um leão. Após as apresentações de prache, começa o combate. Maeda começa a luta desferindo uma série quase interminável de chutes na coxa do russo, que surpreso é obrigado a fechar a distância e levar Maeda para o chão, o japonês tenta resistir, porém não passa de um brinquedo nas mãos do russo, que o movimenta para onde quer (1 min). Até que finalmente, o russo vai para as costas de Maeda, porém o japonês vai para perto das cordas e o juiz para a luta e eles voltam a lutar em pé. Maeda continua golpeando as pernas de Karelin, com bons chutes, mas ao tentar derrubar o russo, cm um ippon, acaba se desequilibrando e Karelin cai por cima do japonês, que faz guarda; Karelin tenta passar a guarda de Maeda; quando o russo estava na eminência de passar a guarda, Maeda se aproxma das cordas e o juiz para o combate novamente (2 min). Eles voltam em pé, Maeda dá mais um bom chute, Karelin, não faz absolutamente nada quando está em pé, apenas alguns falsos golpes de mão aberta; atenção!!!, Karelin se aproveitou de da tentativa de Maeda derrubá-lo e encaixou uma guilhotina, Maeda tenta se defender; o russo aproveita o encaixe do golpe e da uma queda por cima de sí em Maeda; mas o japon~es reage e torcida vai a louura porque Maeda consiguiu ir no calcanhar de Karelin e acaba de derrubá-lo. O russo se assustou e virou de costas, Maeda partiu para uma chave de pé. Uauuuu, Karelin fez cara feia e foi obrigado a tocar na corda com a mão (3 min.), isso dá dois pontos para Maeda. Eles voltam a lutar em pé, e após mais um chute de Maeda, Karelin o derruba com um golpe de judô. Maeda consegue se levantar, mas toma mais uma queda (parece que machucou as costas); o russ se aproveita e levanta Maeda com seu golpe tradicional "reverse body flip". Maeda cai com tudo e sem reação permiti o domínio de Karelin, eles voltam em pé, mas o russo derruba o japonês novamente; Karelin está por cima, dando pressão (4 min.), mas acaba o round. Começa o segundo round e Maeda troca alguns tapas sem efeito com Karelin, que ao tentar derrubar o japonês acaba escoregando; Maeda vai para as costas de Karelin e tenta encaixar o mata-leão, a torcida vai ao delírio e o ginásio super lotado quase vêm abaixo; mas Karelin é muito forte e consegue se desvencilhar, já emendando um "brainlock" (chave de crânio), que obriga o japonês a colocar o pé na corda e dar um ponto para o russo; agora no placar (2 x 1), para Maeda. Karelin derruba novamente (1 min), Maeda faz guarda, Karelin amassa o japonês e vai o levando para as cordas, começa novamente com um estrabgulamento, mas passa para a chave de crânio; não teve jeito, Akira colocou o pé novamente na corda e deu mais ponto para Karelin; agora no placar está tudo igual (2 x 2). Em pé novamente. Karelin derruba Maeda, que já está cansado; o russo continua dando uma pressão forte em Maeda (2 min); Nossssa, Karelin dá outro "reverse body flip", e já vai pra costas do japonês, que parece estar sentindo o peso de seus 39 anos; Karelin é implacável ( 2:30s ), consegue encaixar um estrangulamento e é o fim. Maeda bate no meio do ringue e está tudo acabado. Karelin nem precisou fazer os cinco pontos para sair vencedor. Recentemente, nas Olimpíadas de Sydney, o russo Alexander Karelin, então com 33 anos, perdeu sua invencibilidade para o americano Rulon Gardner e teve que se contentar com a medalha de prata. Akira Maeda, hoje com 42 anos, tornou-se promotor de um evento de vale tudo, no Japão, conhecido com Rings.

Marcelo Alonso desabafa sobre problema com Ryan Gracie

Vamos ler agora uma declaração de Marcelo Alonso (editor da revista Tatame) sobre uma confusão ocorrida com Ryan Gracie no dia 26/03/2000:

Antes de qualquer coisa gostaria de dizer que nestes oito anos que venho trabalhando como repórter e fotógrafo de Artes Marciais, sendo três como editor da revista Tatame, nunca presenciei uma covardia tão brutal e gratuita como a que fui vítima durante o intervalo do Campeonato brasileiro de Equipes realizado ontem (26/03) no Iate Clube Jardim Guanabara. Após horas fotografando as lutas eliminatórias, aproveitei um intervalo realizado antes das finais para distribuir algumas Tatames que haviam acabado de chegar da gráfica e também fazer um lanche. No caminho da lanchonete parei para conversar numa roda onde estavam os faixas pretas Viny Campello, Nino, Roleta e Ryan o qual assim que me viu me cumprimentou friamente e foi se retirando da área. Achei estranho, mas imaginei que talvez o motivo fosse a Tatame que acabara de sair repercutindo a confusão que desencadeou em sua prisão. Passaram-se uns trinta segundos até que senti alguém batendo em meu ombro. Quando fui olhar fui surpreendido com um direto que acertou em cheio a minha boca. Cai no chão tonto e completamente rendido e ainda fui recepcionado por uma saraivada de chutes no peito e no rosto. Por sorte ainda tive tempo, meio que por reflexo, de colocar os braços à frente do rosto e esperar que alguém resolvesse se manifestar. Depois de acompanhar a surra de camarote por longos segundos algum dos faixas pretas presentes resolveu segurar o covarde. Quando levantei e constatei que milagrosamente meu prejuízo foi pequeno - além de um relógio quebrado, tive dois cortes na boca, quase perdi um dente incisivo (ficou mole) e um arranhão no braço olhei para frente ainda meio tonto me deparei com um indivíduo de cabeça raspada que gritava sem parar: Isso é para você aprender a não fotografar a mulher dos outros seu fdp! Não fazia o menor sentido. Além de eu não ter fotografado nenhuma mulher naquela competição o meu equipamento estava guardado há quase meia hora. Um certo clima de consentimento me fazia acreditar que havia sujeira no ar. A história só começou a clarear quando surgiram Castello Branco e Parrumpinha que revoltados com aquela covardia resolveram partir em direção do indivíduo que caminhava tranqüilo e impune para o portão de saída "Quem é este cara porque ninguém o segura!" Perguntava Castello a resposta veio rápida. Quando os dois rumavam em direção ao agressor eis que, como num passe de mágica, aparece RyanGracie liderando uma enorme turma do deixa disso. O quebra cabeça começava a se encaixar. Como é que na hora que eu estava apanhando ninguém apartou e na hora que queriam identificar o agressor surgiu uma enorme legião de "bondosos"? Aquela humilhação da qual fui vítima tinha todos os ingredientes para terminar impune como tantas outras protagonizadas pela ovelha negra da família Gracie. Afinal de contas em se tratando de Ryan impera no Jiu-Jitsu a mesma lei dos morros: ver, ouvir e calar. Só que desta vez a história foi diferente. Após alguns minutos da agressão percebi que todos estes anos trabalhando como repórter não foram em vão. Vários amigos, das mais diversas academias começaram a se manifestar e mesmo pedindo sigilo absoluto confirmaram ter visto Ryan com o agressor na arquibancada minutos antes do ato. Um deles, que por motivos óbvios, pediu para não ser identificado veio me contar que inclusive ouviu (na arquibancada) o momento em que Ryan mandou o aluno me apagar com um mata-leão e me encher de chutes no chão "para eu aprender a não escrever besteiras". Atitude digna dos anos de chumbo da ditadura onde os militares calavam a imprensa com violência. Só que isto foi há muito tempo atrás. Hoje, graças a deus os tempos mudaram, e a pior forma de querer calar um repórter é com violência. No caminho da 37o DP recebi um telefonema do presidente da CBJJ, Carlos Gracie que passou o celular para o seu sobrinho Ryan. Numa voz doce o Gracie jurou de pés juntos que o agressor não era seu aluno e pediu pelo amor de deus que eu não desse parte na polícia. A voz angelical do outro lado da linha me fez pensar em refugar, mas as conseqüências acabaram falando mais altas. Seria como aceitar, não só o absurdo da agressão em si, mas instituir a moda do repórter ser agredido quando escrevesse algo que alguém discorda. Num misto de revolta pela humilhação que sofri e desejo de ajudar a acabar com esta lei do silêncio que impera no esporte, resolvi botar a boca no trombone. Fui para a delegacia prestar queixas e posteriormente aos jornais O Globo e O Dia. Ainda pretendo relatar o fato detalhadamente nas revistas internacionais que trabalho como correspondente Kakutogi Tsushin, Budô, Kampfunst, Cinturon Negro, Full Contact Fighter, Black Belt e obviamente na Tatame. Que fique bem claro que tomei esta atitude pelo Jiu-Jitsu e não contra ele. Amo e vivo deste esporte como qualquer faixa preta e tenho consciência plena que não é vendo, ouvindo e calando que vamos crescer. Por isso apesar da forte dores que sinto na cabeça vou coloca-la no travesseiro e dormir tranqüilo ciente do dever cumprido.

Marcelo Alonso

Agradecimento especial à Carlos Caminho

Hélio Gracie vs Waldemar Santana - 1955

Hélio Gracie vs Waldemar Santana (A grande luta)


No Rio, em 1955, Carlos Renato, um jornalista que trabalhava no Jornal Ultima Hora e fazia assessoria dos Gracie, foi responsável pelo desafio histórico entre Waldemar Santana e Hélio Gracie. Waldemar, que era roupeiro e "sparring" da academia Gracie, foi visto pelo jornalista como o elemento capaz de derrotar Hélio e abalar seu prestígio no meio do Jiu-Jitsu. Passou então a fomentar a discórdia entre eles. Waldemar queria mostrar seu talento, porém não deixavam que ele lutasse. Waldemar acabou expulso da Academia Gracie por aceitar uma luta contra Biriba (lutador que fazia lutas de "marmelada") e que poderia comprometer o nome da família. Waldemar, então, passou a treinar na Academia Haroldo Britto, em Ipanema. Carlos Renato insistia em alimentar a rixa e a luta entre Hélio e Waldemar foi inevitável. Esta luta foi realizada na ACM, na Lapa. Ambos entraram no ringue de quimono, mesmo sendo uma luta de vale-tudo. O combate durou três horas e quarenta e cinco minutos, sendo inclusive um recorde mundial numa luta de vale-tudo. Terminou com a vitória de Waldemar. A luta foi definida com Waldemar levantando Hélio acima da cabeça, arremessando-lhe ao chão e dando um chute no rosto. Hélio, desacordado, acabou sendo socorrido imediatamente por seu aluno Armando Wriedt. Foto da luta

Waldemar Santana: Faleceu em Brasíla, na década de 80 vítima de um acidente automobilístico

Agradecimento especial à Fernando Pinduka

Jiu-Jitsu vs Luta Livre - O grande desafio - 1992


Em 1992, devido a um desentendimento entre lutadores de Jiu-Jitsu e de Luta-Livre, durante uma competição de Jiu-Jitsu, foi marcado um vale tudo para tirar as diferenças e ver, realmente, que luta era a mais eficiente. Foi marcado para o final de outubro, onde iriam lutar quatro lutadores de cada modalidade, em lutas de dois assaltos de quinze minutos. Era o vale tudo dos vale tudos, que após a luta de Rickson Gracie contra o Rei Zulu, tinha feito com que a mídia voltasse a ser invadida pelo Jiu-Jitsu. Agora, porém, era a Rede Globo quem iria transmitir ao vivo, os combates, dando um grande status ao evento ocorrido no ginásio de Grajaú Country Club.

A primeira luta foi entre Wallid Ismail (faixa marrom do Jiu-Jitsu) contra Eugênio Tadeu, o mesmo que tinha derrotado Renan Pitanguy em 1984. No primeiro assalto a luta foi equilibrada, porém no segundo, Eugênio não resistiu a série de cabeçadas aplicadas por Wallid e acabou desistindo.

A segunda luta foi entre Murilo Bustamante (faixa preta de Jiu-Jitsu) contra Marcelo Mendes. Murilo venceu facilmente pois o adversário só queria fugir se jogando duas vezes para fora do ringue, sendo desclassificado. A terceira luta seria entre Hugo Duarte (Luta-Livre) e Marcelo Behring, porém, Marcelo se machucou e não pode lutar.

A luta final foi entre Fábio Gurgel (faixa preta de Jiu-Jitsu) e Denílson Maia. A diferença de tamanho entre os dois era grande. Denílson era maior e mais forte. Isso, no entanto, não foi problema para o lutador de Jiu-Jitsu que, com uma técnica mais apurada, acabou vencendo o combate por desistência do adversário.

O resultado desse vale tudo, deu um impulso grandioso ao Jiu-Jitsu. Murilo Bustamante, que tinha apenas quatro alunos, passou a ter dezenas. Fábio Gurgel, que dava aulas no Clube Federal, passou a dividir com seu Mestre Jacaré, a academia Master, em Ipanema. Além de vários outros professores que viram seu movimento de alunos triplicar, após essa importante vitória do Jiu-Jitsu.

Fábio Gurgel: Recentemente aposentou-se dos tatames sendo campeão mundial na acategoria até 91Kg. Continua administrando suas academias (Alliance) ao redor do Brasil, principalmente em São Paulo.

Denilson Maia: Ví pela última vez no córner do pessoal da luta livre no Heroes 1

Marcelo Mendes: Apareceu outri dia na Copa Budokan (Dez-2002). Tá meio gordinho e seguramente abandounou o esporte

Murilo Bustamante: É o atual campeão do UFC na categoria até 84 Kg

Wallid Ismaill vs John Marsh - O treino que virou luta!!!

Em novembro de 2000, Wallid Ismaill realizou um treino com o faixa azul, John Marsh da Gracie de Torrance (na época, aluno do Royce e Caique)! Neste dia daria um milhão para estar com uma filmadora escondida e ter filmado tudo. Vamos aos fatos! John passou na Beverly Hills Jiu-Jitsu para tentar lutar no UFC e foi falar com o "boss" de lá, este aproveitando que o Wallid estava lá treinando junto com Café, Wander Braga e outros, perguntou se ele estava interessado em dar um treininho para que pudesse observar suas qualidades, Marsh topou na hora, sendo que o americano deve pesar entre 110 e 120 kg, o cara é um tanque!! O treino começou com o Wallid dentro da guarda dele e o combinado era: "trocar socos leves na manha", foi quando o Wallid com sua marra deu um porradão no nariz de Marsh. O americano ficou possuído e acabou dando uma porrada no Wallid que acabou caindo para trás. Marsh já saiu catando o braco do Wallid e esticando!!! Como ninguém pode negar a raça do amazonense, ele mesmo com o braco no talo não bateu e a galera do "deixa disso" chegou e separou. Então, foram treinar em pé, e o Wallid tinha que por o gringo para baixo. Foi um massacre, deu até pena!! Quem encontrou o Wallid na época, na Califórnia, de óculos escuros já sabe o porque. Ele estava com o olho fechado de tanta porrada que tomou o Wallid ficou aterrorizado! Na sequência veio o Wander Braga; coitado, acho que ficou um tempo sem poder andar direito após levar uma chave de calcanhar que estralou tudo! Ainda dizem que após apanhar do Marsh, Wallid ficou um tempão no banheiro sempre gritando lá de dentro: Tô mijando, pô!!!

Enviado por "Homem da Verdade"

O primeiro encontro de Marcelo Tigre com Rickson Gracie

Essa foi terrível; estavam o Professor Banni, o seu aluno Marcelo Tigre (na época faixa-marron) e também o seu aluno Aroldo (hoje faixa-preta). Era a primeira vez que o Prof. Banni iria ter a oportunidade de apresentar o Rickson aos seus alunos. Isso aconteceu na época daquele Vale Tudo, que o vencedor da etapa nacional e internacional iria lutar contra o Rickson e que acabou dando o maior problema. O Banni sabia que o Rickson naquele dia provavelmente deveria estar na praia pegando alguma onda. Dito e feito, os três encontraram o Rickson rodeado de pessoas e esperaram a "muvuca abaixar" pra poder se aproximar. Com todo o respeito o Banni chegou no Rickson e apresentou os seus alunos. E ai o Marcelo Tigre falou uma das suas: "Você vai ver, vou vencer o Vale-Tudo Nacional vou vencer o gringo e depois eu venço você na final". O Rickson achou graça e falou: "Pelo menos vc está treinando?? Pois com essa barriga é bom perder uns kilos". O Banni ficou morrendo de vergonha e ficou mandando o Marcelo calar a boca e pedir desculpas ao Rickson.

Marcelo Tigre: Atualmente vive em Natal (RN) e continua treinando

Enviado por Eduardo Lemos

Hélio Gracie: "Agora vão ter que voltar à pé"

A história abaixo foi contada pelo câmera-man mais querido do jiu-jitsu, Oswaldo Paquetá.

Quando eu falo em Academia Gracie eu estou falando em tradição, na época a Ac. Gracie preparava seus lutadores e além do vale tudo, nós íamos fazer uma exibição ou alguma luta em outro local como América Futebol Clube, Clube de Regatas Flamengo, Clube Carioca - tudo feito pela TV Continental e depois TV Tupi e depois TV Excelsior - era o Herois do Ringue e depois virou um programa de Luta-Livre americana. A Ac. Gracie ia fazer um programa de lutas em Teresópolis e o Hélio Gracie selecionou alguns lutadores, dentre esses o Genarino que era um bom lutador da Academia Gracie e o Testa de Ferro que era um lutador de marmelada e fazia vale tudo também - Antes de irmos lutar ou nos exibirmos em outros lugares, havia um encontro na Ac. Gracie (Av Rio Branco 151/17ª), para que o ônibús levasse todos os lutadores. Eu estava dentro do vestiário e o Genarino, que iria lutar contra o Testa de Ferro, não estava muito bem preparado para a luta. O Genarino chamou o Testa de Ferro e perguntou: "Vamos fazer uma jaca"? O Testa de Ferro, prontamente respondeu : "Ótimo pois eu também não estou treinado" E fomos todos para Teresópolis de ônibús, aconteceram todas as lutas normalmente e quando chegou na luta entre o Genarino e o Testa de Ferro , foi aquela "marmelada". Mestre Hélio gritando: "Vamos, vamos lutar"; percebeu que se tratava de uma marmelada e disse que aquilo era uma vergonha, na Ac. Gracie não existe isso. Além disso ele falou para os dois que estavam proibidos de voltar de ônibús e se quisessem voltar, que seria à pé!! - para vocês verem como a coisa era pra valer, "eles realmente eles ficaram à pé" - a sorte deles é que três sargentos dos Fuzileiros Navais tinham ido com suas motos e deram carona à eles. O professor Hélio também não pagou à eles, isso é para ver como as coisas eram certas. Até hoje o Carlson está brigado com determinados lutadores porque ele desconfia que alguns deles fizeram "marmelada"!!!

Oswaldo Paquetá : Continua sendo "figurinha fácil" em todos os principais campeonatos de jiu-jitsu e vale tudo por todo o Brasil, sempre registrando tudo com sua câmera.

Agradecimento especial à Oswaldo Paquetá

Relson Gracie dando "uma dura" num engraçadinho

Podemos falar a respeito do ocorrido no seminário quando terminei a demonstração dos movimento, um aluno colocou em dúvida, se eu poderia me defender de um clinche sem dar o pescoço, com uma grande experiência em seminários com tranquilidade mostrei a posiçaõ pela primeira vez, em seguida o aluno não satisfeito achou que não era possível realizar o movimento e com a mesma eficiência, haja visto que as pessoas que se encontravam alí fazendo o seminário eram da Polícia Estadual de North Caroline, EUA e já não estavam entendendo muito, onde o launo pretendia chegar, ainda não satisfeito e de certa forma me desrespeitando perante as pessoas presentes, voltando a colocar em dúvida a mesma situação, não tenho medo de ser surpreendido, "tenho meus princípios e minha formação, sou origem do grande mestre Hélio Gracie", e pela terceira vez, fui executar o movimento, já com um apostura diferente, entrei na bahiana, segurei um pouco ele no ar e botei pra baixo com tudo, depois de ganha a posição o aluno pediu para parar e repetia "Agora eu acredito, tá bom, basta" pela situação de ser um seminário aberto e para amigos, fiquei sentido com a decisão tomada.

Relson Gracie: Continua administrando com sucesso sua academia no Havaí, aonde mora.

Agradecimento especial à Revista Warrior (Revista Warrior nº 03)

Hélio Gracie em: "Missão Abrolhos"

Em 1952, Hélio Gracie recebeu uma medalha de honra da empresa Standard Oil por um incrível ato de bravura realizado seis anos antes. Tudo aconteceu no navio Tanajé, quando ele e o irmão Carlos estavam a caminho de Fortaleza. Estavamos no convés, quando ví um cara dentro do mar. Foi a maior gritaria, "Homem ao mar!, e o comandante foi dando a volta para apanhar o rapaz, parando a uns 200 ou 300 metros dele. "O cara havia tentado se suicidar" , lembra o professor. Um barco com oito marinheiros foi escalado para o salvamento, muito dificultado pelas condições do mar, que produzia ondas enormes. "Quando chegaram no cara que já estava desmaiado e flutuava como uma bóia, o agarraram pelo cabelo, mas não conseguiram colocá-lo no barco. Disse para o Carlos: "Sujeitos burros, por que uns não entram na água para ajudar os outros a puxá-los para dentro?. Atrás de mim um marinheiro disse: "Meu amigo estamos em abrolhos, aquí não se mete nem a mão dentro d'água, pois o mar é infestado de tubarões!, Perguntei para o Carlos: "Não estás com vontadde de buscar esse cara? . Tô, mas não chego lá". Falei: "Mas eu chego", e ele respondeu: "Então vai!!" , Tirei a roupa, fiquei de cueca e pulei no oceano. Me joguei de cima do convés e, enquanto estava no mar, me deu medo e resolví não ir muito fundo. Dei aquela furada de natação e nadei tudo o que podia, era onda pra burro", narra. O comandante do navio já havia ordenado que o barco abandonasse o náufrago e desse volta. Hélio passou por eles e os falou para darem meia volta. "Tava cansado queria voltar no barco. Meu medo era não pegar o cara e ou chegar lá e ele já ter afundado. Ia ser uma decepção. Mas o agarrei quando ví que a sorte estava lançada: "Se tiver tubarão ele vai escolher um de nós". Coloquei o sujeito no barco e depois subí também sem problema. Era umas cinco e meia, tempo escuro, querendo chover. Os marinheiro estavam com medo de não chegarem ao navio e gritei: "Seus frouxos, remem direito, senão vou nadando!" Não deixaram eu sair, virei um líder. Por fim, conseguímos subir no navio e foi uma festança medonha!!!

Fragmento retirado da Revista Gracie Magazine #51

Corram que a polícia vem aí!!! Hélio Gracie vs Fred Ebert

Após lutar contra Antonio Portugal e Takashi Namiki, Hélio Gracie enfrentou o gigante Fred Ebert, que tinha no seu curriculum mais de 600 lutas e um empate contra o campeão mundial de luta-livre Jim London. Hélio tinha apenas 60 Kg e ainda por cima lutou com um enorme furúnculo no pescoço. Após 1 hora e 50 minutos de luta a polícia apareceu no ginásio e interrompeu a luta. "Havia uma lei que proibia que qualquer espetáculo público continuasse sendo realizado após às 2 horas da manhã" Hélo levava vantagem na luta e arrancava aplausos do público a cada soco que desferia no rosto do americano que pesava 38Kg a mais que Hélio. O saldo foi bem negativo para Fred Ebert, que precisou ir direto para o hospital após a luta.

Hélio Gracie: Continua dando suas aulas de defesa pessoal e mantém-se como um exemplo de boa saúde até mesmo para os mais novos aos 90 anos.

Agradecimento especial à Revista Gracie Magazine


Última edição por Admin em Ter Jul 11, 2023 5:20 pm, editado 3 vez(es)

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Histórias Por fora dos tatames  Empty BOSCO LIMMA RELEMBRA EPISÓDIOS DA RIVALIDADE COM JIU JITSU

Mensagem  Admin Qua Nov 04, 2015 12:07 pm

BOSCO LIMMA RELEMBRA EPISÓDIOS DA RIVALIDADE COM JIU JITSU

Ao lado de nomes como Carlinhos Brunocilla, Hugo Duarte, Eugênio Tadeu, Marco Ruas e muitos outros, Bosco Lima acompanhou de perto o ápice da rivalidade entre sua modalidade, a luta livre esportiva, e o jiu jitsu, nos primórdios do vale tudo. Contando História da Luta livre:

A HISTÓRIA DO BOQUEIRÃO.
"Chegou o Rickson, mais uns dois, seu Hélio Gracie e seu Robson. Já estava no final do treino, todo mundo já batendo papo. Ele foi lá, o Rickson, pediu a palavra, foi super educado e falou que estava escutando muito boato de que tinha atleta do Boqueirão que ganhava dele. Aí ele falou 'então vamos provar no ringue, vamos marcar esta luta'. A conversa foi com os graduados todos, ele não apontou dedo para um ou para outro. O Carlinhos falou 'vamos marcar, está marcado então'. Eu acho que, na época, ele tinha uma vontade de lutar ou com o Hugo (Duarte) ou com o (Marco) Ruas. Mas se naquele dia ele quisesse lutar, tinha gente pronta para lutar, eu estava à disposição. Seria um sonho e um prazer lutar com ele. Todo mundo se prontificou a lutar".

INVASÃO DA LUTA LIVRE NA ACADEMIA GRACIE?
"A luta livre tinha uma turma de ponta, mas éramos poucos e nós (eu, Eugênio Tadeu) participamos da maior gangue de asfalto que existiu, a Turma da Bambina. Então, juntou a gangue da Bambina com os lutadores e nós formamos no nosso quarteirão, nosso time. Era normal ter 200, 300 amigos, todos lutadores. Botamos um cara de moto, se não me engano foi até o mês que fiquei na escolta esperando o Rickson chegar. Na época, ele tinha uma Parati branca, tinha metade do cabelo raspado e outra cabeludo. Foi eu e o Cromado, pequenininho, na minha garupa. Nós ficamos escoltando em frente à uma árvore, em frente ao colégio no Humaitá e, assim que ele chegou, nós pegamos a moto, chegamos na esquina da Bambina, onde ficava nossa galera e ficamos até meio assustados, devia ter uns 300 ali. Reunimos o bonde, mais de 40 motos, uns 40 carros e fomos lá. Trancaram o portão, nós arrombamos o portão e nisso que o portão arrombou ficou um clima pesado, de invasão. Aí o seu Hélio contornou, foi super educado, falou 'vamos fazer uma roda'. O Rickson lutou com o Hugo e aí naquele empurra, abriu a roda e o Eugênio lutou com o Royler. Tecnicamente falando, na minha opinião, Eugênio levou uma ligeira vantagem. Foi rápido, aí chegou a polícia dando tiro, separou".
HUGO E O RICKSON?
"O que faltou para o Hugo, na minha opinião, foi uma maldade, porque o Hugo chegou a nocautear ele. O Hugo deu uma recuada e ele deu uma recuperada. Aí ele derrubou o Hugo, botou joelho na barriga, foi o que aconteceu. O Hugo perdeu para o Rickson? Perdeu, mas ninguém foi homem de subir no ringue para encarar o Rickson e o Hugo subiu. Ele foi sujeito homem, representou nossa modalidade e tem mérito, o próprio Rickson já falou que ele foi homem. Agora o pessoal fica criticando, 'ah, o Hugo perdeu'. Perdeu sim, ninguém é cego, nós vimos que ele perdeu, só que ele foi homem, subiu lá, desafiou e perdeu lutando".
EUGÊNIO E ROYLER?
"Depois disso, teve a do Eugênio com ele. Voltamos, marcamos 15 dias depois, o que eu achei um tempo muito rápido, mas, como o Eugênio já era um cara experiente - ele é um cara que é pau para toda obra, representou de verdade nossa modalidade. Eu cronometrei a luta, 48 minutos. Já vi vídeo editado só o Royler batendo. Teve um lance que o Eugênio arrancou um dente do Royler. Foi lá e cá. No final, o Royler falou 'vamos parar?'. Quem cronometrou fui eu, nesta luta estou, se não me engano, de camiseta verde na filmagem. Empatou. No final da gravação que tem na internet, falando que o Royler ganhou, p**** nenhuma. Foi lá e cá, eles pediram para parar e empatou".

VALE TUDO DE 1991, A LUTA ENTRE O EUGÊNIO E O WALLID.

"Naquele do Grajaú Country, em que eu e o falecido Big Jeff tiramos o Eugênio, na minha opinião, ele não perdeu. Tomou uma cabeçada? Tomou, mas, quando ele caiu - e isso que ninguém fala - no chão, eu, o Big Jeff e mais uns quatro garotos da minha rua salvamos a vida do Eugênio, porque tinha mais de 40 lutadores de jiu jitsu chutando a cara do Eugênio e o juiz, se não me engano era o seu Hélio Vígio, obrigou o Eugênio todo machucado; ficaram três minutos chutando a cara do Eugênio no chão. Eu estava no canto da arquibancada, pulei, tiramos o Eugênio lá, acudimos o Eugênio. Foi injusta aquela vitória do Wallid, na minha opinião. Estava pau a pau a briga, caiu no chão e ele foi massacrado pelo pessoal do jiu jitsu. Na minha opinião, a luta devia ter sido cancelada, porque a própria filmagem do pessoal do jiu jitsu mostra que o Eugênio caiu no chão, foi massacrado e o juiz, que era deles, manda ele voltar. Outra coisa que eu queria falar é que quando o Hugo subiu lá e chamou geral para trocar com ele, não teve um que quis".

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Histórias Por fora dos tatames  Empty WILL BROOKS SE ENVOLVEU EM UMA BRIGA COM OS IRMÃOS PATRÍCIO E PATRICKY PITBULL BRIGAM NOS BASTIDORES DO BELLATOR

Mensagem  Admin Sex Nov 06, 2015 9:23 am

Um grande “barraco” se desenrolou nos bastidores do Bellator 145, evento que será realizado na sexta-feira 06/11/2015 em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. Atual campeão dos leves da organização, Will Brooks se envolveu em uma briga com os irmãos Patrício e Patricky Pitbull, o primeiro sendo o detentor do cinturão dos penas do Bellator.

Apesar de ambas as partes admitirem a briga, existem divergências sobre sua origem. Brooks alega que foram os irmãos que o agrediram, segundo suas palavras, de “maneira covarde”, sendo que os brasileiros dizem que o ocorrido foi o contrário.

“Os irmãos Pitbull mostraram como são covardes. Eles pularam em cima de mim enquanto eu estava no telefone com a minha mãe. Eles me deram um soco enquanto eu estava sendo contido por seus amigos. Covardes. Eu nunca agredi ninguém por trás, mas esses covardes não são homens de verdade. Temos como provar isso com vídeo. Depois de as autoridades verem o vídeo, vou garantir que todos possam ver do que esses covardes são feitos”, escreveu Brooks, em sua conta no Instagram.

Já Patrício rebateu e disse que a briga partiu justamente do norte-americano. “Will Brooks é um mentiroso. Ele bateu em Patricky primeiro e depois veio para cima de mim. Eu revidei e acertei meu primeiro soco. Fomos separados. Depois ele veio para cima de novo, eu o derrubei. Aí nós fomos separados de novo e ele começou a nos chamar de covardes”, respondeu o lutador brasileiro.

Depois, Pitbull postou uma antiga mensagem de Brooks direcionada a ele, na qual o norte-americano diz que “irá dar um tapa em sua boca de mer** quando o visse novamente”. “Ele cumpriu sua palavra e lidou com as consequências. Agora, seja homem e diga a verdade”, completou o brasileiro.

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Histórias Por fora dos tatames  Will10

Will Brooks posta foto de camisa com sangue usada no momento da briga com brasileiros (Foto: Reprodução)

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Histórias Por fora dos tatames  Empty RONALDO JACARÉ NOCAUTEIA DOIS PARCEIROS DE TREINO

Mensagem  Admin Sáb Nov 07, 2015 11:36 am




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Histórias Por fora dos tatames  Empty Robson Gracie e Marcelo Tigre contra o Mundo!

Mensagem  Admin Qua Fev 17, 2016 4:24 pm

Robson Gracie e Marcelo Tigre contra o Mundo!

“Se você quer aprender o mais puro jiu-jitsu, técnicas refinadas de combate e filosofia para toda uma vida, vá treinar com Rickson Gracie” e nas costas da camisa vou escrever assim: “Mas se você quer aprender a dar porrada, instinto animal, ignorância e brutalidade venha treinar com Marcelo Tigre” – Marcelo Tigre
***
Semana passada iniciamos uma série de posts sobre algumas das maiores tretas e rivalidades da história do Jiu Jitsu, alando da briga entre Wallid Ismail e Edson Carvalho (confere aqui!). Hoje, daremos continuidade a essa série de posts com mais um “causo” da arte suave, envolvendo Marcelo Tigre, Robson Gracie, Jorge Patino Macaco e mais meio mundo num campeonato!
Róbson Gracie e Marcelo Tigre contra o Mundo: A história seguinte não trata na verdade de uma rivalidade, mas sim de um “causo” do mundo do jiu-jitsu, envolvendo dois guerreiros da pesada.
Um era Robson Gracie, filho do patriarca do jiu-jitsu Carlos Gracie, considerado por muitos membros da lendária família como um dos mais ferozes lutadores que já subiram num ringue, apesar de nunca ter passado dos 60 kg. Basta dizer que em sua luta contra Valdo Santana, irmão do mesmo Waldemar Santana que lutou com Hélio e Carlson, Robson estava levando desvantagem, e levou um soco tão forte que sentiu um de seus dentes se desprender da gengiva. Preferiu engoli-lo, ao dar ao adversário o prazer de vê-lo cuspir o dente. No intervalo do penúltimo para o último round, já bastante avariado, Mestre Carlos Gracie, falou para Robson que iria jogar a toalha. Aquilo deixou Robson louco, que disse: “Se jogar a toalha eu abaixo a calça e mijo no meio do ringue”.
Robson sempre teve personalidade forte, não é à toa que Renzo, Ralph e Ryan são seus filhos. No final dos anos 90 apresentou o programa “Heróis do Ringue”, onde passava lutas de vale tudo e dizia sempre seu famoso bordão “Quem tem garrafas para vender?”
O outro guerreiro é um faixa preta do Mestre Banni Cavalcanti, aluno do Mestre Carlson Gracie, chamado Marcelo Tigre. Tigre era um lutador de vale tudo famoso por sua raça descomunal, pois sempre apanhava bastante mas dava um jeito de reverter e conseguir a vitória. Ficou famosa sua luta no Pentagon Combat, o mesmo evento em que Renzo lutou com Eugênio Tadeu e ocorreu a famosa confusão entre lutadores de jiu-jitsu e luta livre, que culminou com a proibição da realização de eventos de vale tudo no Rio de Janeiro. Na ocasião, lutou com seu grande rival, Jalmir Buda. Começou apanhando como de costume, mas acabou finalizando no arm-lock, e na comemoração, lambeu as luvas sujas de sangue.
Era bastante articulado e dono de tiradas muito engraçadas, certa vez, numa coletiva de imprensa antes de uma luta no Japão, disse “vou pegar o ‘laranja’ aí (foi a forma carinhosa que batizou seu adversário) e apresentar para o mundo um novo golpe, a ‘borrachada’”! Quase matou os brasileiros presentes de rir, e sabe-se lá Deus como o intérprete traduziu isso para o japonês. Em outra passagem, ao encontrar com Rickson Gracie no Japão, deu uma amostra de seu talento para o marketing, apresentando ao Gracie o slogan para sua academia que pretendia usar: “Se você quer aprender o mais puro jiu-jitsu, técnicas refinadas de combate e filosofia para toda uma vida, vá treinar com Rickson Gracie. Mas se você quer aprender a dar porrada, instinto animal, ignorância e brutalidade venha treinar com Marcelo Tigre”.
O acontecimento a seguir teve lugar no Rio de Janeiro, em 1998, na época do mundial de jiu-jitsu. Os Gracie gostavam muito do Marcelo Tigre, que chegou ao Rio vindo de Brasília com mais quatro amigos igualmente pesos pesados no seu Omega envenenado, que trazia no para-choque traseiro um enorme adesivo com os singelos dizeres: “Marcelo Tigreaà Bordo”.
Na entrada do Tijuca Tênis Clube, uma amostra do que a trupe era capaz de aprontar. Robson, Marcelo e companhia entravam no ginásio, quando passou na rua um vendedor de amendoim torrado empurrando um carrinho com um saco gigante do produto. Um dos amigos do Marcelo falou para o vendedor: posso experimentar um pouquinho? Claro grandão, foi a resposta do bom senhor. Foi a senha para que Marcelo, os amigos e Robson Gracie avançassem sob o saco de amendoim, cada um enchendo as duas mãos de cada vez, comendo e recarregando, sob gritos desesperados de protesto do arrependido vendedor. “Tava uma delícia tio” disse um dos guerreiros, depois de reduzir quase à metade o estoque do vendedor.
Dentro do ginásio, luta vai, luta vem, Robson Gracie começou a ficar entediado. Propôs então a Marcelo Tigre: “Tigre, vamos ver quem é homem mesmo por aqui?”. “Bora” foi a resposta do felino lutador. O plano era de uma engenhosa simplicidade. Robson escolhia a vítima, geralmente algum faixa preta famoso que ele não gostasse ou que já tivesse algum problema com algum de seus filhos (ou seja, alvos nem tão difíceis de se encontrar num mundial de jiu-jitsu naquele anos), e Marcelo faria o serviço. Abordava o incauto intimando: “E aí meu irmão, você não é o bom da porrada?? Sai na porrada comigo agora malandro!“.
A reação dos abordados era impressionante. Rostos pálidos, gaguejantes, mãos trêmulas, voz sumida, um a um, os faixas pretas amarelavam para o Tigre, enquanto Robson Gracie de longe se divertia com a cena. Depois de apavorar boa parte dos pretas presentes, eis que um não se intimidou. Jorge Macaco, ao ser abordado, abriu sua pochete da bad boy (para quem não sabe, a pochete no look do lutador de jiu-jitsu dos anos 90 e 2000 era item que gozava de unanimidade), tirou um cartão e disse: meu irmão, só luto valendo grana, entra em contato com meu agente que a gente sai na porrada. Tigre estendeu a mão e falou: “você é macho mesmo meu irmão, aqui só o que tem é frango d’água!“.

por Fábio Henriques

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